É um filme que mostra como o ser humano tem a capacidade de ferir o seu semelhante, de maneira gratuita e ignorante.
Por meio de uma divisão de raças, instituída desde a época dos colonizadores belgas, os habitantes de Ruanda dividem-se em hutus e tutsis. Diferenças “marcantes”, tais como formato do nariz e altura definem as etnias. Vizinhos, casais, colegas de trabalho, de mesma nacionalidade, tornam-se de repente inimigos mortais.
Os hutus e tutsis entram em guerra. Um milhão de pessoas morrem no genocídio, que poderia ter sido minimizado se as tropas da ONU tivessem permanecido no país. Mas os europeus e americanos estavam mais preocupados com os conflitos nos Balcãs, na Europa. Isso não ocorreu há cinqüenta anos. Foi na década passada.
Hotel Ruanda é triste. Triste porque, além de mostrar na tela o sofrimento de uma tragédia, em que vidas foram ceifadas com facões, evoca o sentimento de que nada vale o progresso da humanidade, da ciência e da tecnologia. Os homens ainda vivem como animais.
É um filme que precisava ter sido feito.
No comments:
Post a Comment