24.12.05

Os dias

Aproveitando o dia nublado para pôr as leituras em dia. Estou na companhia de “Até amanhã, outra vez”, livro de crônicas de Nélida Piñon. Adoro crônicas. Me veio na mente o “Crônicas de Viagem”, de Cecília Meireles. Fiquei comparando. Nélida é mais cerebral, racional, filosófica. Cecília é pura sensibilidade, profundidade, quase magia. As duas são fantásticas.

Ontem, no final da tarde, fui me desvencilhar do calor nas águas da praia do Porto da Barra. Ah, que saudade daquele mar quase piscina. Havia marcado com alguns amigos. E. chegou com os últimos raios de sol. Tomamos banho novamente, agora com a praia iluminada pelos refletores.

Não me canso de falar do Porto da Barra. É a praia mais bacana que conheço, quando se reúne beleza, águas tranqüilas para banho e pôr-do-sol no mar, o que é uma raridade no Brasil, pois o sol normalmente se põe do lado do continente.

Hoje estou me preparando para a confraternização em família, que será em um local diferente. O costume é sempre passar em Ilhéus. No almoço, fiquei restrito a uma saladinha de trigo no almoço, para não engordar e poder ficar à vontade no jantar. Nham nham.

Segundo as colunas de astrologia - aquelas mais confiáveis, que elencam a posição dos astros -, o cenário hoje está bom. Estou me sentindo revigorado, depois de um período de chateações profissionais. Tudo passa, ficam as lições. Sem querer ser ingênuo, acho que todas as experiências, prazerosas ou dolorosas, têm sempre uma faceta importante. Agora é só festa.

E, para que o Natal seja pleno, brindarei pela memória daqueles que sempre estiveram por perto, mas que desta vez não estarão: meu avô, meu pai e minha avó, que se foi este ano. Para mim, homenagear os mortos não é cultivar a tristeza da perda. A boa lembrança é pensar como eles foram importantes e como estariam felizes por estarmos juntos. Mesmo que em planos diferentes.

Feliz Natal, caro leitor.

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