Entre tintas e tequila, a força de Frida
O filme Frida é uma produção americana que conta a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, interpretada pela atriz Salma Hayek, também mexicana. Após sofrer um acidente de trânsito na juventude, a pintora passou por uma série de cirurgias, que deixaram seqüelas para toda a vida.
Ambientado no México e emoldurado por cores fortes, características da cultura mexicana e das tintas da pintora, o filme evidencia diversos aspectos da cultura mexicana: tequila, vegetação de deserto, músicas, danças e rituais fúnebres, presentes em cenas bem elaboradas.
Frida retrata toda vida da pintora, do o início da carreira até a morte. Ela casou com Diogo Rivera, um pintor de murais, boêmio e ativista político, já em seu segundo casamento. A união foi conturbada, pois Rivera era bastante mulherengo. Incentivada pelo marido, Frida continua a pintar e o acompanha a uma viagem aos Estados Unidos, onde Rivera vai expor. Mais adiante, Frida expõe seus quadros na Europa, com direito a cobertura da imprensa e capas de revistas.
O filme entremeia as obras de Frida com os acontecimentos de sua vida. As limitações físicas não a impediram de levar uma vida sexual apimentada, que incluía homens e mulheres. Ela sempre foi o seu principal personagem. Em seus quadros estão todos os seus sofrimentos, físicos e emocionais. E todos os seus famosos auto-retratos.
Provavelmente o cinema americano ficou interessado em produzir o filme depois que a cantora Madonna anunciou a compra de um quadro da pintora. Desde então, Frida Kahlo se tornou mais conhecida – e querida – no circuito cultural. O filme também é o resultado do empenho de Salma Hayek como produtora.
Publicado no Super Fatos de 30.05.2003.
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