Finalmente, depois de mais de 5 anos de Canada, a primeira viagem aos Estados Unidos. Nova York.
Um problema na minha conta bancária brasileira me fez tomar o ímpeto de viajar. Também ajudou o período de folga antes do novo trabalho.
Viagem de ônibus, sempre interessante e sempre cansativa. A paisagem fria e cinzenta do inverno norte-americano nao diminuiu a vontade e a beleza da viagem.
A travessia da fronteira logo antes da cidade de Buffalo. Todo mundo desce do ônibus, recolhe a sua bagagem, entra na fila e vai falar com o oficial de imigraçao.
Levei documentos e extratos suficientes para comprovar fundos. Para mostrar que nao quero, nem tenho motivos para morar naquela belezura de país.
Desta vez entendi o que ocorreu na minha viagem Inglaterra-França. Naquela vez, eu nao tinha entendido bem as instruçoes e nao levei a mochila comigo. Levei uma chamada do motorista e um conselho de uma passageira para me certificar que a bagagem esquecida tinha sido novamente embarcada no ônibus. Felizmente fora.
Pela janela do busu pude ver que Buffalo e outra cidade no caminho possuem alguns belos prédios históricos. Apesar de menores, essas cidades parecem mais interessantes do que New Jersey, que é maior e vizinha de Nova York.
A chegada na ilha de Manhattan foi emocionante. O amontoado de arranha-céus é emoldurado pelas águas do rio Hudson, criando um belo cartao-postal. O ônibus entao pega um túnel por debaixo do rio e vai para o terminal no centro da cidade, perto da Broadway.
Fui caminhando até o Banco do Brasil, que ficava perto. Acostumado com a relativa calma de Toronto, inicialmente achei a cidade muito apressada, com pouco espaço livre para caminhar nas calçadas.
Muitos turistas aproveitavam dias de incomum temperatura amena do inverno. Depois do banco, peguei o metrô e fui para a casa da minha amiga T. que me esperava.
Depois de algumas cervejas e muito bate-papo, saímos à noite. Primeiro para jantar. Comi o melhor burrito até hoje, feito de frango com mole poblano, o delicioso molho mexicano à base de chocolate. Depois pegamos o metrô e fomos dar uma volta no Greenwich Village.
Fiquei impressionado com a quantidade de gente e a animaçao nas ruas. Em pleno inverno. A arquitetura dos prédios baixos, revestidos de tijolos e a alegria das pessoas me fizeram lembrar a alta estaçao de Montréal. Aliás Nova York pode ter vários defeitos, a pressa e a sujeira em vários locais, mas tem a vibraçao de uma grande cidade.
Tive a sorte de ir em final de semana de clima agradável. Pude andar bastante pela cidade. Se nao havia o verde, os prédios podiam ser vistos em todos os detalhes.