30.12.03

Um bloco de notas e uma tela em branco para escrever. Tempo que passa, tempo que me dá a impressão de que eu não o acompanho. Uma certa melancolia, como se a mudança de ano me lembrasse que fico mais velho.

Problemas resolvidos, etapas concluídas. O novo se descortina, 2004 será um ano de muitas coisas novas, com certeza, já que pretendo iniciar projetos. A melancolia então é fruto de uma certa incerteza? Ou é simplesmente o olhar incômodo para dentro de mim e notar que estou mais velho e que devo me reservar?

Hoje foi o dia em que resolvi um pepino, daqueles grandes. O ano começa com menos uma preocupação. Agora é festa, festa, festa. O reveillon será em Praia do Forte, na casa da minha amiga E. Espero que novamente haja show de fogos e que o som nas ruas esteja tão bom quanto no ano passado. E que haja também bastante churrasquinho assado passeando pelas ruas e praias do vilarejo. Não será algo difícil de acontecer. Para iluminar os olhos, junto com a bela paisagem do local.

Feliz ano novo para todos! Um brinde com um bom espumante.


Natal em Ilhéus O bom senso imperou na ceia: nada de peru. Meu tio L. fez um pernil de porco assado, gigantesco e delicioso. Marinado no vinho branco, ficou uma delícia. Além disso, uma bela salada de batatas com maionese e camarões.

Revi vários amigos. Tive tempo para conversar com pessoas que há tempos, com os compromissos e atribulações da vida, não parava para dedicação ao bate-papo. Só assim a gente fica sabendo das coisas. Ficar em uma praia tranquila, bebericando, dá oportunidade para a conversa aprofundada.

Quase desisto de comer caranguejos. Todo mundo estava dizendo que não havia bons caranguejos na cidade, que a época não era a melhor para consumí-los, pois estão pequenos. Além disso, os bichinhos andam morrendo por conta de algum mal súbito não identificado nos mangues, o que gerou até matéria no jornal A Tarde. Insisti. A boa surpresa foi que os exemplares vieram de bom tamanho, bem maiores que os normalmente encontrados em Salvador.

23.12.03

Continuando a epopéia gastronômica, fui almoçar com o pessoal do trabalho na Casa da Itália, um dos mais tradicionais restaurantes italianos de Salvador. O local é bem simples, com alguns posters do Carnaval de Veneza nas paredes.

A comida é barata, farta, simples e saborosa. Experimentei lasanha à bolonhesa, nada muito original. A massa é fininha, a porção é imensa. Achei o molho de tomate um tanto quanto ácido, poderia ser mais suave. Comi horrores, ainda experimentando os pratos dos outros colegas.

Rango Minha amiga E., quem diria, está se tornando uma fera na cozinha. Ontem rolou uma comemoração antecipada de Natal, na casa dela, somente para os amigos. Ela preparou um peito de peru com arroz de brócolis que estava uma delícia.

Mulher trabalhadora, inteligente e dedicada, após o sucesso profissional alcançado como médica e professora, agora lança-se aos desafios da cozinha -no que está obtendo também pleno êxito. Parabéns, cherie, estava tudo uma delícia!

22.12.03

O Natal será em Ilhéus, junto com a família. Viajo na quarta, dia 24, logo cedo, de carro. Por conta disso, este blog vai permanecer alguns dias sem atualização. Estarei em alguns momentos na beira da praia, tomando uma cervejinha, comendo caranguejo, bebendo água de coco. Uma vida difícil.

É uma pena que uma parte da galera vai estar aqui em Salvador e outro pedaço vai estar em Brasília. O pessoal de Vitória, do Espírito Santo, é que este ano aparece por lá.

21.12.03

Única Esperança
"(...) O que impedirá as mulheres de começarem a eliminar os machos ao nascer, para evitar o estorvo e o custo da sua inutilidade?
Os travestis. Eles serão os últimos depositários das graças femininas em desuso. Manterão vivos o coquetismo, a futilidade estabanada, a inocência provocadora e tudo que os homens de outra era chamavam de feminilidade - e que nenhuma mulher, ocupada em ser dona do mundo, conseguirá parodiar tão bem. E garantirão a sobrevivência do nosso sexo (masculino), nem que seja no cativeiro."
L.F. Veríssimo

20.12.03

SkankFesta com Skank

E a festa de confraternização da empresa aconteceu. Logo na entrada, recepcionistas entregavam uma bandana amarela para os convidados. Em torno das 9 horas, começou a passar um vídeo com o personagem "Seu Creysson", do humorista Cláudio Manoel, do Casseta e Planeta. Legal que houve algumas inserções gravadas com funcionários de Salvador.

O show do Skank começou lá pelas 9h20. Telões, um palco bem estruturado, com boa iluminação. A produção da festa caprichou. Os caras do Skank são muito profissionais. Em nenhum momento demonstraram alguma espécie de tédio por estar tocando para um público corporativo, não lá muito animado. O fim do show chegando, a galera foi animando e o clima esquentou, com as bandanas agitando de um lado e para o outro.

A seguir, o presidente da empresa, acreditem, vestido de pai-de-santo e usando aquele boné jamaicano com peruca rastafari - que os turistas adoram -, veio dizer algumas palavras rápidas, no que foi seguido por alguns outros diretores. Tudo bem ágil, nada cansativo.

Logo depois, veio o show da Zorra, banda de Salvador. O chefão corajoso, agora vestido normalmente, circulou entre as pessoas, dando abraços e até tirando fotos. Política pouca é bobagem.

Enquanto isso, o bufê de Lícia Fábio, que sempre está presente em eventos vips de Salvador, servia espetinhos de filé, pães de queijo quentinhos e mini-pizzas. O prato quente foi bobó de camarão. Estava muito bom, com pouquíssimo dendê e bem saboroso. Mas imaginem o que é servir bobó de camarão para 1.700 pessoas, o numero previsto de convidados. Algo impossível. O resultado é que o bobó acabou. Lá pelas tantas foi servido um ensopado de siri, sempre um curinga para os donos de bufê. Pelo custo, é claro.

Depois do show da Zorra, um DJ ficou colocando som dos anos 70 e 80 até tarde. A cerveja era servida em plena pista de dança.

Os funcionários ficaram bem satisfeitos com a festa. Mas a turma da velha guarda não compareceu em massa. Parece que a maioria cedeu os seus convites para estagiários, parentes e conhecidos. Havia muita gente bonita no pedaço.

19.12.03

Os shoppings e o comércio de rua em Salvador estão em seus dias de loucura. Dá trabalho até para conseguir andar pela avenida Sete de Setembro, por conta da movimentação. Isso sem contar com o calor miserável que já está fazendo em Salvador.
A cidade clama por um janeiro de praias. Férias!

É hoje a festa com o Skank. Bebida, comida e show, tudo free! É mole? A minha expectativa maior é com o jantar. Tomara que seja servido algo interessante. Não aguento mais peru com farofa.
Depois conto como foi.

16.12.03

Sabores da Índia

Govinda é o nome do restaurante indiano de cozinha vegetariana que está funcionando nos Barris, em Salvador. Um lugar tranquilo para um almoço saudável no centro da cidade. O restaurante tem decoração típica indiana e som ambiente também típico. Com sorte, pode haver pétalas de rosa espalhadas pelo chão recepcionando os clientes.

As refeições são feitas sem ovos, cebola ou alho. O Govinda serve entrada, salada, prato quente, suco, sobremesa e chá. Molho chutney de manga para temperar. Tudo por R$ 6,00. Os pratos são servidos pela proprietária, a baiana Raquel, vestida de sari, traje tradicional indiano. Ela divide os créditos do restaurante com o marido e cozinheiro, o alemão Dominik.

O Govinda tem endereços em vários locais do mundo, gerenciados por seguidores da filosofia Hare Krishna. Em Salvador, o endereço é Ladeira dos Barris, 190.

15.12.03

Pizza regional Depois do espetáculo de dança, a proposta foi comer crepe. A creperia da Barra estava lotada. Li em uma coluna de jornal que o Jardim Brasil está sendo chamado de "Baixo Barra", devido à grande movimentação noturna que ocorre por aqueles lados.

Fomos então comer em uma pizzaria lá por perto, que pertence ao pessoal do Chiclete com Banana. Experimentamos pizza de kani(!) e de carne seca (!!), ambas acompanhadas de catupiry. Os resultados estavam interessantes, a de kani mais saborosa, mais suave.

Está ocorrendo uma tendência na alta cozinha de valorização de elementos nacionais, incluindo-os em alguns pratos internacionais. É a tal da culinária fusion. Assim, mandioca (aipim), catupiry, carne seca, abóbora, além das espécies vegetais típicas da região norte e de outros locais do país, acabam indo parar nas pizzas e em outros pratos tradicionais. Às vezes dá certo. Em outras vezes, não há nenhum ganho interessante de sabor.

Considero a mandioca, chamada na Bahia de aipim, uma das maiores - talvez a maior - das riquezas da culinária nacional. A textura suave, macia e aveludada do purê de aipim não se repete com nenhum outro vegetal. Nem mesmo com o de batata, tão aclamado pela culinária internacional.
O grupo Viladança mais uma vez encanta e surpreende. O espetáculo "Sagração da Vida Toda", com direção de Cristina Castro, une dança contemporânea a técnicas de rapel e de perna-de-pau, fazendo uma celebração da vida. O Viladança é reconhecido internacionalmente.

Dançarinos movimentam-se em pernas-de-pau, como bonecos gigantescos, executando passos como peças de um jogo de xadrex, cujo tabuleiro é delimitado pela iluminação.

As cordas de rapel, além da descida inical servem como apoio para coreografias. Forma-se uma atmosfera lúdica que remete ao circo e à infância.

13.12.03

Em comemoração à minha formatura, fui comer um goulash no Bistrô Porto Sol, na Barra. Como sempre, o prato estava uma delícia, só que desta vez veio apimentado além da conta. O goulash é um prato húngaro, uma espécie de picadinho de carne, com bastante cebola e páprica. Confira uma receita simplificada da delícia.

Goulash Simples
Fonte: www.cybercook.com.br

Ingredientes
- 1 kg de pá (ou músculo) cortada em cubos
- 1 kg de cebolas picadas
- 1 cabeça de alho espremido
- 4 colheres (sopa) de óleo de soja
- 2 colheres (sopa) bem cheias de páprica doce
- sal e pimenta-do-reino a gosto
- 1 pimentão verde inteiro sem as sementes
- 1 amarrado de cheiro verde com louro
- 1 pimenta calabresa vermelha (pode-se substituir por páprica picante e kumel)

Modo de Preparo

Refogue a cebola picada; acrescente o alho espremido no óleo até esbranquiçar. Junte o sal, a pimenta, a páprica e a carne. Cubra com água, junte o amarrado de cheiros e deixe cozinhar em fogo brando até a carne amolecer e ficar com caldo reduzido. Sirva com batatas cozidas a parte.

12.12.03

Festa Simplesmente vai ter um show do Skank na festa de confraternização da empresa em que trabalho. Depois ainda falam que não é possível dar aumento para os funcionários!

O interessante é que ninguém poderá levar os familiares. Será que vai haver alguma sessão de lavagem administrativa-cerebral?

Bom, nunca fui a um show do Skank. E será de graça! O convite ainda promete "som do melhor DJ do momento". Tomara que seja alguma coisa que preste.
Até que enfim a colação de grau. Na Faculdade de Comunicação, coisa rápida e simples. A Secretaria Geral de Cursos é que fez o favor de não emitir o meu diploma, sob a alegação de que eu não havia feito o provão. Fui lá depois da solenidade, para reclamar, pois eu fiz o provão! Verificaram o erro e o diploma estará pronto dentro de alguns dias.

Este semestre, umas 25 pessoas concluiram os cursos de Jornalismo e Produção Cultural na Facom. Uns 9 participaram da solenidade na reitoria e os outros formaram sem solenidade, na própria Faculdade. Junto comigo, somente mais 6 pessoas concluíram o curso em tempo mínimo, 8 semestres. Formar em pouco tempo não é lá muita coisa. O melhor de tudo é não ter que permanecer estudando mais um semestre, que inicia as aulas em janeiro, pleno verão. Gracia a Dios.

Novos projetos? Só a partir de fevereiro, depois que voltar de férias. Até lá, só quero leituras, festas, este blog, etc... Afinal, são mais de quatro anos (contando com as greves da universidade) de trabalho e estudo. É um descanso merecido.

10.12.03

Lampião e Maria Bonita

No sábado do Mercado Cultural, assisti Lampião e Maria Bonita, na Sala do Coro do TCA. A peça conta os últimos dias do casal de cangaceiros na gruta de Angicos, antes de serem mortos. Os atores Widoto Áquila e Fafá Menezes cumprem bem os seus papéis. A cenografia de Zuarte Júnior é simples e precisa. Junto com a iluminação inicial, cria um ambiente que remete imediatamente a uma gruta.

No decorrer do espetáculo, poderia haver mais dramaticidade nos diálogos, que são um tanto quanto mornos. O casal permanece conversando e rememorando, alternando momentos de carinho e de conflito. A situação poderia ser transportada para qualquer ambiente urbano. Será que um casal, escondido em uma gruta, estaria em condições tão tranqüilas? Se a iluminação fosse reduzida, talvez houvesse um clima de mais intimismo entre os personagens.

O clímax da perseguição, terminando nas mortes, é que é o verdadeiro show dos atores. Aí eles têm a oportunidade de mostrar os seus talentos. O trabalho de voz de Widoto é muito bom. E Fafá Menezes está excelente como a Maria Bonita em desespero.

9.12.03

Demissões no jornal
E o Correio da Bahia demitiu 39 jornalistas. De gente nova a gente com muito tempo de casa. Alguns com mais de 20 anos de trabalho. Não se sabe qual foi o critério usado na escolha dos demitidos. O que se sabe é que foi um processo muito constrangedor. As pessoas iam sendo chamadas aos poucos à direção.

A família detentora do jornal passa por um período de redução de poder político, o que possivelmente está afetando o caixa da empresa.

Fora o caderno de política, o Correio é um bom jornal. O seu caderno cultural é mais completo do que o de A Tarde, que está se transformando em um mero roteiro das atrações locais. Nos domingos, o Correio dá show nos cadernos Bazar, Folha da Bahia (cultura) e Correio Repórter. Ainda estão saindo matérias de alguns dos jornalistas demitidos.

O Correio precisa adequar o seu setor comercial ao mercado. O jornal tem problemas de distribuição, não é encontrado em todas as bancas da cidade.

7.12.03

O verão em Salvador começa a pegar fogo. Mercado Cultural, Fenagro, calendário de festas populares. Agora a data de Santa Bárbara, 4 de dezembro, parece estar antecipando o conjunto de festividades do verão na Bahia. Há algum tempo, ouvia-se falar que era no dia 8, com a festa da Conceição da Praia, que tudo começava.

A festa de Santa Bárbara recebeu grande destaque no jornal A Tarde, com foto de capa, em que bombeiros aparecem cortando quiabos para fazer o caruru da homenagem. Santa Bárbara - sincretizada com Iansã, dona do fogo - é tida como padroeira da corporação, que também por motivos óbvios, tem o uniforme vermelho. A Tarde publicou até artigo de um acadêmico sobre as transformações das festas populares na Bahia. Espaço e importância devida para um assunto fundamental na cultura baiana. O Correio da Bahia passou batido.

6.12.03

A estréia de Lágrimas Amargas de Petra von Kant


O mundo da alta costura, as vaidades e relações de poder estão presentes em Lágrimas Amargas de Petra von Kant, que estreou na última quinta no Theatro XVIII. Figurino luxuoso e impecável, cenário bem elaborado, direção segura e interpretações precisas constroem um espetáculo marcante.

O texto do dramaturgo alemão Rainer Werner Fassbinder foi abrasileirado por Aninha Franco, a partir da tradução de Nehle e Roberto Franke. A direção é de Elisa MendesNa concepção, a peça teve a participação das oficinas dos Cursos de Aprendizado Cênico do Theatro XVIII: cenografia, texto, figurino, projeto de luz. O que significa que cada detalhe foi muito bem pensado e discutido, por um grupo de pessoas.

Margareth Xavier (O Beijo no Asfalto, A Farsa Veríssima) é a assistente de Petra, Marlene, que entra e sai do palco sem dar uma palavra. Nem precisa. Os olhos, a maquiagem, o figurino e a presença suave em cena compuseram uma das atuações mais importantes na peça. Marlene é praticamente invisível no texto. Só ganha espaço e importância no palco.

Jussilene Santana está muito bem, compondo uma Karim com uma vulgaridade na medida. A atriz tem até certa semelhança física com Hanna Schygulla, na versão filmada de Fassbinder. Rita Assemany, excelente, compõe uma Petra conturbada e visceral.

O Mercado Cultural e a dança

Os espetáculos de dança sempre trazem energia, alegria, vitalidade, juventude, força. Uma energia que transcende os corpos de dançarinos e dançarinas e atinge a platéia. Os corpos da dança contemporânea em geral são masculinizados. Os dos homens são exaltados. Os das mulheres perdem um pouco da sua feminilidade em troca de força e flexibilidade.

O V Mercado Cultural apresentou na última sexta, dia 05, no Espaço Xisto Bahia (antigo Espaço Xis), dois espetáculos. O primeiro foi Soco no Vento ou Sugestão da Última Palavra, coreografia de João Perene. "Enfatiza os limites do corpo, que são estendidos ao extremo para provocar o ímpeto emocional", segundo o release. Tema urbano, música de base eletrônica.

Duas mulheres e três homens no palco. Em alguns movimentos, feitos em grupo, faltou coordenação. Destaque para as duas dançarinas, que estiveram bem soltas, quase agressivas, enquanto os homens estavam meio que tolhidos. Eles estiveram um tanto quanto presos em seus movimentos, talvez limitados por calças e camisas. É como estivessem limitados às normas vigentes dos costumes sociais da nossa época, que acabam por regular as leis da masculinidade.

O segundo espetáculo foi "Painel Coreográfico", da Gicá Companhia Jovem de Dança, proveniente do Projeto Axé. "Um repertório em que a movimentação afro contemporânea é agregada a elementos da dança moderna e dança folclórica". Destaque para os músicos presentes, que imprimam a energia dos tambores ao espetáculo.

Enquanto trabalho de desenvolvimento de jovens, tem o mérito de revelar talentos promissores. No primeiro movimento, o "Painel" traz movimentos de ginástica. No segundo, retrata um hospital. Há bons momentos, mas muita coisa poderia ser descartada, principalmente na segunda parte. O paciente é o destaque entre os dançarinos.

5.12.03

Blogueiro do Iraque lança em livro seu relato de guerra



Salam Pax é o pseudônimo de um arquiteto iraquiano, hoje com 30 anos, que criou no final do ano passado o blog "Where is Raed?" (Onde está Raed?), em que conta a sua visão sobre a guerra em seu país. O blog virou um livro e uma coluna semanal no jornal britânico The Guardian.

O livro "O Blog de Bagdá - O Diário de um Jovem numa Cidade Bombardeada" será lançado no Brasil na próxima semana pela Cia. da Letras. A versão impressa tem 264 páginas e traz uma compilação dos textos do blog postos no ar entre setembro de 2002 e junho de 2003. O site funciona até hoje no endereço http://dear_raed.blogspot.com.

Pax é ligadíssimo na cultura ocidental. De início, publicava diariamente pequenos textos, contando o seu dia-a-dia em Bagdá, falando sobre suas bandas favoritas (como Massive Attack e Portishead). À medida que o clima no Iraque foi ficando mais pesado, com o iminente ataque dos EUA e Grã-Bretanha, os textos foram adquirindo um tom mais crítico.




Fonte: Reuters

4.12.03

Se há um suco de frutas que se aproxima do néctar dos deuses, este é o suco de graviola. Uma maravilha de fruta tropical. Um privilégio dos moradores do Nordeste do Brasil.

2.12.03

A Mulher de Roxo

Na última sexta, em sessões na Sala Walter da Silveira, nos Barris, a Secretaria de Cultura lançou a primeira produção do POTE - Polo de Teledramaturgia da Bahia. "A Mulher de Roxo" inaugurou o projeto Cenas da Bahia, vídeos com temas voltados para a realidade local, feitos pelos alunos das diversas oficinas (texto, direção, interpretação, etc.), que pretendem suprir o mercado de trabalho baiano com profissionais capacitados para a teledramaturgia.

"A Mulher de Roxo" é um trabalho que mescla o documentário e a dramatização. É sobre uma senhora que costumava vagar pela Rua Chile totalmente coberta por uma roupa de veludo roxo. O vídeo explora as diferentes explicações para a história daquela figura, que ficou na
memória daqueles que circulavam pelo centro de Salvador.

O trabalho foi dirigido por Fernando Guerreiro, que tem larga experiência no teatro baiano. Ficou claro que há um caminho longo a ser trilhado pela teledramaturgia baiana, até atingir uma linguagem mais televisiva. Isso passa, invariavelmente, pela disponibilidade de recursos financeiros. Mas o Cenas da Bahia é um começo.

1.12.03

A Editora Globo reeditou uma coleção bem bacana de livros de receitas. "O Gosto Brasileiro" contém vários volumes, entre os quais: As Melhores Receitas da Cozinha Baiana, da Cozinha do Nordeste, Cozinha Chinesa, Italiana, Alemã, etc. Comprei na Livraria Siciliano do Shopping Barra os exemplares da Cozinha Baiana e da Cozinha Chinesa.

Os livros são bem fotografados, coloridos. Têm em torno de 80 páginas, capa dura. E o melhor: R$ 9,90 cada.
O fim do ano se aproxima e a programação se intensifica. Formatura da galera da faculdade, aniversários na família, estréia de peça, passeio de escuna. Até caruru. Ó Senhor, dai-me gás e estômago. Assim, o meu regime vai por água a baixo (ou abaixo?).