31.8.03

Catch me, if you can

Catch me, if you can
Já está disponível nas locadoras o filme "Prenda-me se for capaz", de Steven Spielberg, com atuações de Tom Hanks e Leonardo di Caprio. O filme é interessante, entre outros aspectos, para notar o desenvolvimento da tecnologia bancária.

Ambientado nos anos 60, conta a história de um vigarista que se fazia passar por piloto de avião, médico e advogado. Por meio de cheques fraudados e de golpes, durante vários anos viajou o mundo todo e conseguiu muito dinheiro.

Nas várias situações de falsificação de cheques, dá para imaginar se aqueles golpes seriam possíveis hoje, com a velocidade da informação e todos os mecanismos de informática.

O talento do falsificador era tão grande que, após ser preso, foi convidado pelo FBI para atuar como técnico de identificação de fraudes. E ganha, até hoje, muito dinheiro com isso. Baseado em uma história real. Ironias do mundo capitalista.


Publicado no Super Fatos
A figura do gato sobre os livros, publicada aqui, veio à minha mente. Eu estava trabalhando no texto da atividade de conclusão de curso, quando Ronrom subiu no sofá e calmamente deitou-se sobre a "História da Alimentação do Brasil", de Camara Cascudo.

Um escritor disse uma vez que para retratar o ser humano, é necessário primeiro entender os gatos. Ainda não compreendi isso, acho difícil conhecer os pontos em que essa afirmação é verdadeira. Mas sei que o gato é uma companhia agradável, no meio da aridez de livros e papéis. Mesmo quando avança as patas em busca da caneta que se mexe, interrompendo a escrita. Ou simplesmente quando se aconchega ao nosso lado.

Uma das características que Ronrom tem em comum comigo é a sensibilidade (para não dizer irritação) a movimentações e ruídos. Quando a faxineira está em casa, ele a acompanha o tempo todo, correndo atrás dos movimentos da vassoura e do pano de chão. Ela aproveita para passar o dia todo conversando com ele.

28.8.03

Piratas do Caribe

Estréia amanhã, nos cinemas de Salvador, "Piratas do Caribe", produzido pelos estúdios Walt Disney. O velho filme de piratas volta renovado com recursos visuais feitos em computador e a boa atuação de Johnny Depp, como o debochado pirata Jack Sparrow, em figurino rastafári.

O navio fantasma Pérola Negra sequestra Elizabeth (Keira Knightley), filha de um político influente. O ferreiro Will Turner (vivido por Orlando Bloom, o elfo Legolas de Senhor dos Anéis), apaixonado pela garota, pede ajuda ao pirata Sparrow para resgatá-la.

Diversão leve e despretensiosa, o filme foge da atual recorrente presença de sangue nas cenas de batalha, reforçando a tradição Disney de produções voltadas ao público infanto-juvenil. "Piratas do Caribe" já é campeão de bilheteria nos Estados Unidos. Para quem perdê-lo, é só aguardar na Sessão da Tarde.

Publicado no Super Fatos

25.8.03

Lábios que Beijei
Estou acabando de ler "Lábios que Beijei", de Aguinaldo Silva, ex-militante e preso político, escritor de vários outros livros e autor de novelas da Globo, entre as quais se destacam Roque Santeiro e Pedra Sobre Pedra. O livro foi publicado em 1992.

Ambientado no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro dos anos 60/70, início da ditadura, o livro pode ser devorado de uma vez só. Aguinaldo Silva dá provas do seu talento como ficcionista, misturando traços autobiográficos e romanceados. Fica sempre a dúvida ao leitor, já que o livro é narrado na primeira pessoa: o que daquilo tudo foi realmente verdade? Então dá para ficar curioso e até impressionado com os caminhos pessoais trilhados por um profissional hoje conhecido nacionalmente.

Adquiri "Lábios que Beijei" na Bienal do Livro, aqui em Salvador. O lado positivo de visitar a Bienal nos últimos dias foi encontrar várias promoções. Comprei cinco livros por 22 reais.

22.8.03

Stupid White Man - Uma Nação de Idiotas

Programas sociais deficitários, violência urbana e corrupção política soam familiares ao dia-a-dia brasileiro. Não deixa de ser uma surpresa que os Estados Unidos, nação mais poderosa do mundo, depare-se com problemas semelhantes aos de países do terceiro mundo. É com essa impressão que o leitor se depara ao ler o livro "Stupid White Man - Uma Nação de Idiotas", escrito pelo cineasta Michael Moore, diretor de Tiros em Columbine.

O livro não tem meias palavras sobre o governo George Bush. Desde a eleição, com suspeita de fraude, até a dependência a grupos empresariais - principalmente do setor petrolífero - e os vários cortes orçamentários na área social, o autor faz um verdadeiro dossiê anti-Bush, com informações e opiniões consistentes. Moore conta que o atual presidente é completamente dependente das decisões do grupo de Bush pai, que sempre esteve por trás carreira política do júnior. Desde a bolsa para ingressar na universidade.

Anterior ao atentado de 11 de setembro, o livro teve problemas para ser publicado nos Estados Unidos. O autor diz que o apoio da classe das bibliotecárias do país foi fundamental para o trabalho ser liberado. Atualmente "Stupid White Man" está entre os mais vendidos em vários países, inclusive o Brasil.

Publicado no Super Fatos.

18.8.03

Comida alemã e austro-húngara

Uma boa opção para o happy hour é o Bistrô PortoSol, no Porto da Barra. De propriedade do austríaco Reinhard Lackinger, há 34 anos no Brasil, o bistrô serve diversos pratos da cozinha alemã e austro-húngara. Os pratos são preparados por proprietário e pela esposa. Prove o gulasch (prato húngaro), os salsicões com mostarda e maionese de batata - que leva maçã, salsão e dill (endro). Prove também as sobremesas deliciosas.

Para quem quer jantar ou só beliscar, o bistrô funciona de terça a sábado, pontualmente, como está escrito no cartaz da entrada, das 18h37 até às 23h59. Vale a pena conferir. Para conhecer mais sobre o lugar, acesse www.reg.combr.net/bistro.htm. O endereço é: Rua César Zama, 04, Porto da Barra - Barra.

O bistrô fica naquela rua estreita, na Barra, que era point até os anos oitenta, e agora passa por uma revitalização. Bares e restaurantes voltam a animar o local, dando um ar de cidade litorânea de interior, a exemplo de Búzios, Porto Seguro ou Praia do Forte. Baianos festeiros e turistas estrangeiros transitam pelo local. A iluminação noturna da praia do Porto ajuda a dar o clima de eterno verão.

13.8.03

Atum e gulodices

O atum é um peixe pouco conhecido na Bahia. Aos desavisados, parece que é um peixe importado, somente encontrado enlatado, envolvido em água e sal. Mas é fácil encontrar o atum na seção de pescados dos supermercados, a preço razoavel. E o que é melhor: tem carne saborosa, maciça, com poucas espinhas. Basta ferver as postas em sal e água, para obter uma quantidade de carne bem maior do que a existente nas latinhas, a custo bem menor.
Ouvi falar que a moqueca de atum fica muito saborosa. Ainda não provei, mas vou tentar. Por enquanto, fiz uma massa com um molho que leva creme de leite, salsa, cebola, alho, ervilhas e um pouco de queijo ralado envolvendo o peixe desfiado. Ficou uma delícia.

Após aferventar o atum, retirei a pele e a espinha central. Na parte em que a barbatana se encaixa, há uma concentração de espinhas, entremeadas de carne. Fui separando as partes maiores de carne e as menores. Enquanto isso, Ronrom ficava miando, querendo um pedaço de peixe. Eu sabia que gatos adoram peixe, mas não imaginava que fosse tanto. Ele devorou, numa rapidez incrível, os pedaços que lhe dei. Lembrei imediatamente do gato Mandachuva, do desenho animado, que devorava o peixe e deixava só o "esqueleto".

11.8.03

Panorama de Cinema

Encerrou-se na noite do último domingo o Panorama Brasil Coisa de Cinema, que reuniu filmes de curta, média e longa duração, exibidos na Sala Walter da Silveira. O fecho ficou com o longa Narradores de Javé. A diretora Eliane Caffé esteve presente na sessão.

Narradores de Javé é mais um exemplo da fase fértil pela qual passa o cinema brasileiro. Filmado nas cidades de Lençóis e Bom Jesus da Lapa e no distrito da Gameleira, conta com a participação irretocável de José Dumont. Além de Nelson Xavier, Matheus Nachtergaele e Gero Camilo.

O sertão nordestino é novamente fonte de inspiração para o roteiro e para a bela fotografia. A cidade de Javé, à beira de um rio, vai ser alagada para construção de uma barragem. Para tentar impedir a obra, os moradores resolvem provar que o local possui valor histórico e cultural. Para isso, vão contar suas histórias para um escrevinhador(José Dumont), ex-carteiro, acusado de escrever cartas maledicentes e único que sabe escrever na cidade.

O filme ainda está inédito no circuito comercial

Apaguei sem querer este post que havia publicado no dia 05.08. Lá vai novamente.

Cinema Comentado

A decadência dos valores da sociedade americana não é assunto novo na produção cinematográfica dos Estados Unidos. Tome-se, por exemplo, o já clássico Beleza Americana, ganhador de Oscar. Mas nenhum cineasta parece saber abordar a decadência, agora sob o aspecto dos adolescentes, com tanta pertinência quanto o cineasta Larry Clark, diretor de "Bully", de 2001, que teve pré-estréia no último final de semana, na Sala de Arte do Baiano.



Clark é o autor dos consagrados "Kids" e "Ken Park", ambos também sobre a adolescência. Utilizando imagens fortes, quase pornográficas, o diretor constrói um retrato áspero da juventude americana. Violência, sexo, drogas, famílias descontruídas, ausência de valores morais. Em seus carros de luxo, adolescentes agem como adultos - com responsabilidades de crianças.



Bobby (Nick Stahl) e Marty (Brad Renfro) , dois jovens de classe média alta, dão pequenos golpes para conseguir dinheiro e comprar drogas. Ao mesmo tempo em que saem à noite para conseguir garotas, Bobby subjulga Marty. Agride-o física e verbalmente. Marty então envolve-se mais profundamente com uma garota, Lisa (Rachel Miner). Juntos, bolam um plano para se livrar de Bob. O filme é baseado em uma história real.




5.8.03

Vinhos e queijos

Queijos e vinhos fizeram o deleite da confraternização mensal lá no trabalhoo. Foi um tiro no escuro, não pensei que fosse agradar a todos. A idéia não foi minha. Ajudei com a "consultoria" na escolha dos queijos. Foi ótimo porque pude experimentar queijo coalho de búfala temperado com pimenta calabresa. Também outro tipo de coalho de búfala, temperado com orégano. E matar a saudade de um bom gouda. Daquele que comi horrores quando estava em Paris, comprado em uma loja de queijos. Eu pedi ao balconista " fromage [gôuda]". E ele me respondeu, "oh, [goudá]?". E eu pensei: toooin na cabeça! Que ignorância minha. Nunca ia imaginar que a pronúncia fosse "goudá". Lembranças de pronúncias à parte, foi ótimo ter à disposição queijo gorgonzola, gouda, estepe, requeijão (tipo catupiry), requeijão com ervas e tipo minas. Espero que sobre um pouco para o dia seguinte.