Entre tintas e tequila, a força de Frida
O filme Frida é uma produção americana que conta a vida da pintora mexicana Frida Kahlo, interpretada pela atriz Salma Hayek, também mexicana. Após sofrer um acidente de trânsito na juventude, a pintora passou por uma série de cirurgias, que deixaram seqüelas para toda a vida.
Ambientado no México e emoldurado por cores fortes, características da cultura mexicana e das tintas da pintora, o filme evidencia diversos aspectos da cultura mexicana: tequila, vegetação de deserto, músicas, danças e rituais fúnebres, presentes em cenas bem elaboradas.
Frida retrata toda vida da pintora, do o início da carreira até a morte. Ela casou com Diogo Rivera, um pintor de murais, boêmio e ativista político, já em seu segundo casamento. A união foi conturbada, pois Rivera era bastante mulherengo. Incentivada pelo marido, Frida continua a pintar e o acompanha a uma viagem aos Estados Unidos, onde Rivera vai expor. Mais adiante, Frida expõe seus quadros na Europa, com direito a cobertura da imprensa e capas de revistas.
O filme entremeia as obras de Frida com os acontecimentos de sua vida. As limitações físicas não a impediram de levar uma vida sexual apimentada, que incluía homens e mulheres. Ela sempre foi o seu principal personagem. Em seus quadros estão todos os seus sofrimentos, físicos e emocionais. E todos os seus famosos auto-retratos.
Provavelmente o cinema americano ficou interessado em produzir o filme depois que a cantora Madonna anunciou a compra de um quadro da pintora. Desde então, Frida Kahlo se tornou mais conhecida – e querida – no circuito cultural. O filme também é o resultado do empenho de Salma Hayek como produtora.
Publicado no Super Fatos de 30.05.2003.
Crônicas e comentários de Danilo Menezes. Jornalista brasileiro da Bahia, atualmente morando em Toronto, Ontario, Canada.
30.5.03
19.5.03
Da comida do oriente...
Comer e oferecer comida são demonstrações de afeto. O hábito libanês de fazer visitas inesperadas é pretexto ideal para o mezze — de acento francês, vem da expressão árabe alloumaza, que significa "aquilo que é degustado, saboreado delicadamente com a ponta dos lábios". O mezze é composto de várias porções de conservas e iguarias, servidas em pratinhos redondos e fundos de cerâmica marrom.
Mezze é uma instituição nacional. Nasceu no Líbano, na cidade de Zahle, no início do século: lá instalaram-se bares e restaurantes, onde fregueses se reuniam com amigos para "tomar um copo" e degustar pequenas e variadas porções de tira-gosto. Logo, o mezze se espalhou pelo Mediterrâneo. Para acompanhá-lo, arak (bebida alcoólica semelhante ao rum, feita à base de arroz e melaço) misturado à água gelada.
Fonte: www.basilico.com.br
Comer e oferecer comida são demonstrações de afeto. O hábito libanês de fazer visitas inesperadas é pretexto ideal para o mezze — de acento francês, vem da expressão árabe alloumaza, que significa "aquilo que é degustado, saboreado delicadamente com a ponta dos lábios". O mezze é composto de várias porções de conservas e iguarias, servidas em pratinhos redondos e fundos de cerâmica marrom.
Mezze é uma instituição nacional. Nasceu no Líbano, na cidade de Zahle, no início do século: lá instalaram-se bares e restaurantes, onde fregueses se reuniam com amigos para "tomar um copo" e degustar pequenas e variadas porções de tira-gosto. Logo, o mezze se espalhou pelo Mediterrâneo. Para acompanhá-lo, arak (bebida alcoólica semelhante ao rum, feita à base de arroz e melaço) misturado à água gelada.
Fonte: www.basilico.com.br
O jornalismo é um exercício da simultaneidade do raciocínio lógico e do raciocínio criativo. Principalmente a grande reportagem tem essa permissão.
A delimitação do tema parece facilitar o trabalho. As três linhas pensadas (maneiras de fazer, maneiras de comer, maneiras de divulgar) são o que anteriormente eu já havia imaginado. Vou sentir falta de abordar a cozinha dos imigrantes árabes, a cozinha do sertão, da Chapada. Mas, quem sabe, não consigo incluir algum desses tópicos nas reportagens?
A delimitação do tema parece facilitar o trabalho. As três linhas pensadas (maneiras de fazer, maneiras de comer, maneiras de divulgar) são o que anteriormente eu já havia imaginado. Vou sentir falta de abordar a cozinha dos imigrantes árabes, a cozinha do sertão, da Chapada. Mas, quem sabe, não consigo incluir algum desses tópicos nas reportagens?
Pauta: ir na Feira de São Joaquim, conversar com feirantes que vendem comidas prontas. Verificar pratos vendidos, quem prepara, quem consome, modos de preparo, etc. Se possível, gravar as entrevistas.
Conversar com os cozinheiros e donos de restaurantes.
Quem, onde, como?
Modos de divulgar: conversar com Helô, Neyse Cunha Lima e Maria Luiza Brigido.
Conversar com os cozinheiros e donos de restaurantes.
Quem, onde, como?
Modos de divulgar: conversar com Helô, Neyse Cunha Lima e Maria Luiza Brigido.
Pensar na comida baiana é quase que imediatamete pensar em comida de dendê. No entanto, a culinária popular, do dia-a-dia, não traz o famoso azeite entre os seus ingredientes. Luiz da Câmara Cascudo, na História da Alimentação do Brasil, registra que nas barracas da Feira de Água de Meninos, o dendê não está presente nos pratos, e sim nos acarajés e abarás das baianas.
Reportagens
Após reunião com o professor orientador, decidimos - isto é, ele me deu a sugestão, eu acatei - fazer uma outra abordagem. Como antecipadamente eu previra. Iremos abordar três vertentes: maneiras de comer (consumo, modos, lugares, os gourmands), maneiras de fazer (donos de restaurantes e cozinheiros) e maneiras de divulgar (jornalistas e críticos). O que é a cozinha baiana.
Elaborar pautas e definir fontes.
Após reunião com o professor orientador, decidimos - isto é, ele me deu a sugestão, eu acatei - fazer uma outra abordagem. Como antecipadamente eu previra. Iremos abordar três vertentes: maneiras de comer (consumo, modos, lugares, os gourmands), maneiras de fazer (donos de restaurantes e cozinheiros) e maneiras de divulgar (jornalistas e críticos). O que é a cozinha baiana.
Elaborar pautas e definir fontes.