Uma das coisas difíceis para mim em deixar de morar em Salvador é não poder participar do ciclo de festas populares. Festa do Bonfim, do Rio Vermelho (de Iemanjá) e o Carnaval.
No ano passado, o dia dois de fevereiro caiu no sábado de Carnaval. Viajei para Salvador e aproveitei todo o pacote de eventos, já em clima de despedida do Brasil. Festa estava mais tranquila do que normalmente, pois o povo estava dividido entre a Barra, Ondina e o Rio Vermelho. Havia várias atrações musicais, muitos encontros com amigos queridos. Pessoas que todos os anos passam pelas ruas do bairro. Bebendo, dançando, curtindo. Vi novamente Carlinhos Brown cantando, depois de vê-lo aqui em Montréal, na abertura do Festival de Jazz de 2007. Vi e ouvi Caetano Veloso e Mariene de Castro.
Não vou negar que estou sentindo uma saudade enorme de tudo isso. De sair caminhando de casa, levando a cervejinha na mão, e chegar na festa. De deixar flores no mar. De ver os barcos saindo, cheios de enfeites. Dos amigos que sempre encontro. Sempre encontro! Recuso-me a usar o verbo no passado.
Lembro que, na época em que era estudante universitário, cheguei a filar o estágio para poder ir para a festa. Dei uma desculpa de que precisava fazer um trabalho extra da faculdade e fui embora para cair direto na farra.
Não sinto falta do verão em Salvador. Não sinto saudade dos bares e barracas de praia lotados, da dificuldade em estacionar, dos preços inflacionados que restringem as saídas, da preocupação com assaltos, do calor infernal. Não sinto mesmo. Mas da festa de Iemanjá e do Carnaval... Ah, isso "me manque beaucoup". Isso me faz muita falta. Odoiá Iemanjá!
1 comment:
Oi Danilo,
Eu tambem sofro das mesmas saudades, apesar de nao curtir carnaval, falto morrer quando e 2 de fevereiro e eu to aqui nessa terra fria.
Tambem estava la no ano passado. Me desdobrei pra estar no Rio Vermelho e na saida do Ile no mesmo dia. Que sabado, hem?
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