27.7.13

Pedras soltas


A culpa é das pedras portuguesas. Pedestres do Rio, Salvador e várias outras cidades do Brasil sofrem com essas malditas pedras. Que as calçadas ficam belas, isso é inegável. Os tons formam desenhos que celebrizaram Copacabana, por exemplo.

Tudo bem, mantenham-nas em locais de pouca circulaçao. Em partes de praças, por exemplo. Onde as pessoas possam olhá-las sem precisar andar sobre elas. As pedras portuguesas são um verdadeiro atentado à segurança dos pedestres, dos idosos, dos deficientes físicos. Dos carrinhos de bebê. Até do salto alto!

O calçamento feito com essas pedras exige constante reparação. E dinheiro público. Existem espaços entre elas que vão aumentando, pois elas vão folgando, saindo do lugar em que foram encaixadas. Uma hora uma delas se solta, as demais se afrouxam e o buraco vai aumentando.

Em Salvador chega-se ao cúmulo de colocá-las nas calçadas de prédios luxuosos, por onde passam os carros em direção à garagem. Quase sempre essa parte fica imperfeita, o peso do carro ajuda a bagunçar tudo. Quem sofre é o pedestre.

Bonitas, mas pouco práticas
A praticidade da calçada em concreto retira a graça da imagem formada no chão, com certeza. Mas permite a passagem do trator de neve, do cadeirante, do patinador, do idoso, da dona de casa puxando o cesto de compras (com rodas, claro), do viajante que empurra a mala. Sim, todos eles têm o direito a se mover com segurança pela cidade.

Fora pedras portuguesas! Pedras portuguesas não me representam. Bom tópico para as próximas manifestações. Haha.

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