21.11.15

MultiCult#1

MultCult#1 Chego na ótica para fazer exame de atualização dos óculos de leitura. Sim, eles são inevitáveis em algum ponto da vida. Os optometristas, que possuem traços orientais, são possivelmente os donos do local. O atendimento é feito em um inglês carregado de sotaque áspero, mas gentil ao mesmo tempo. No Canadá os exames de visão para compra de óculos não são feitos por médicos oftalmologistas, e sim por técnicos especializados, que vão ao College para conseguir a qualificação para prestar o serviço.

O consultório fica na própria loja, em uma parte reservada. Sou atendido por uma optometrista magra e bem bonita, de cabelo bem longo. Ela parece ser iraniana, mas, pensando melhor, mais provável que seja indiana de pele mais clara. O seu sotaque é bem norte-americano, deve ter nascido aqui.

Ao sair do consultório, me deparo com a loja cheia. Uma mulher filipina com suas três crianças. Um senhor negro idoso e desajeitado, provavelmente jamaicano. Um outro casal de meia-idade, pele escura, de aparência tranquila, diria que do Leste da Africa, da Somália ou Etiópia. Um outro rapaz chinês.

Os optometristas chineses correm para atender todo mundo, organizar os exames, preencher os papéis e conseguir as autorizações do sistema de saúde. Fazendo esforço para compreeender os clientes e falar de maneira inteligível. Estão lá gerenciando o negócio, criando emprego, ajudando gente a enxergar melhor, pagando impostos e dando exemplo para o mundo de como a imigração desenvolve um país.

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