A festa ocorre na área verde de um condomínio que fica na orla de Salvador. O caruru acontece há alguns anos e já virou tradição familiar. O casal anfitrião tem o kit pronto para a festa. Pratos, talheres, panelas, toalhas de mesa. Para uma quantidade “econômica” de trezentas pessoas. Caruru é o nome do prato feito com quiabos, mas também é a refeição completa, que inclui vatapá, xinxim de galinha, feijão-fradinho, farofa, arroz e banana frita.
A chuva que estava prevista para todo o final de semana – que havia despencado durante a noite de sexta-feira para sábado - se segurou até as quatro da tarde, dando tempo suficiente para o almoço ser servido e festa transcorrer sem problemas. Os organizadores, no entanto, foram precavidos. Além do grande quiosque do local, montaram toldos para abrigar todas as mesas.
Uma baiana servia abarás e acarajés fritos na hora. Havia uma mesa onde dois rapazes preparavam e serviam caipiroscas de abacaxi, caju, morango e tangerina.
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Sobremesa? Alguns convidados não agüentaram esperar e, antes mesmo de entrar na fila para fazer o prato do caruru, já tinha gente atacando as cocadinhas. Delícias macias de coco com leite condensado, chocolate, maracujá, que deixam todos enlouquecidos. Tinha gente que avançava com medo de não restar mais nenhuma na hora da sobremesa.
Na fila para fazer o prato, eu mesmo não perdi tempo e me servi logo de dois belos exemplares, que me ajudaram a reduzir o tempo de espera e a ansiedade pela comida baiana. Sabe como é, não dá para correr o risco de ficar sem nada.
A crônica do dia 06 de julho de 2004 (clique aqui para ler) foi lembrada, virou gozação geral. O tal do desembargador, que da outra vez havia pedido para levar um pratinho de cocadas para a esposa, não teve espaço com a concorrência acirrada. Provavelmente desistiu, ao perceber, talvez, que teria que entrar em luta corporal pelas sobremesas, caso insistisse na idéia.