A cidade de Salvador tem larga experiência em um tipo de arquitetura interessante: a provisória. Explico. No Carnaval e em outras festas que acontecem nas ruas, é necessário criar estrutura física para que os serviços funcionem: policiamento, saúde, comunicação, administração, espaços reservados para os festeiros - os tais camarotes-, bares.
Da noite para o dia surge tudo a partir do nada. Os tubos de metal vão se encaixando, os andaimes vão subindo, as coberturas aparecem, banheiros químicos são enfileirados, alguns espaços (poucos!) são reservados para a circulação de pessoas. Há uma transformação que poucas cidades do mundo conseguem operar em tão pouco tempo. O mapa da cidade então se modifica.
É uma pena que parte desse esforço não seja realizada em função de melhorias permanentes na cidade. Pelo contrário. Às vezes ficam no chão as marcas das tais palafitas metidas a chiques.
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