Os bares de dançarinas peladas fazem parte da cultura cultura norte-americana. Em inglês, a dancinha-popozuda se chama "pole dance", ou dança do poste.
Os proprietários dos estabelecimentos negam veementemente que estes sejam locais de prostituiçao, mas isso funciona como tentar fazer um adolescente acreditar em Papai Noel.
Em Montréal, cidade conhecida pela vida noturna animada e liberal, existem inúmeros bares de "danseuses nues". Principalmente na avenida Sainte-Catherine, a preferida dos turistas estrangeiros. Lojas de griffe e restaurantes badalados convivem com os bares das peladonas.
Para atrair a clientela, a dona de um bar da regiao de Pierrefonds, colocou na placa do seu "Cabaret Bazar" a seguinte inscriçao: 12 dançarinas, sendo 10 bonitas, uma gorda e uma feia.
Claro que deu certo. A polêmica se instalou, o movimento aumentou e atraiu a mídia, com direito a foto e matéria no "Journal de Montréal".
A dona se defende dizendo que nao há nada na lei que impeça de dizer que alguém é gordo ou feio. É tudo questao de gosto. O politicamente correto norte-americano reclamou. As feministas se revoltaram. A prefeitura pediu ao estabelecimento que alterasse a placa.
"Depois de gorda e feia, o que mais vai haver? Deficiente física e negra?", reclama a Prefeita.
Enquanto isso, a placa do Cabaret Bazar continua, pois a Prefeitura só pode dispor sobre o seu tamanho e nao sobre o seu conteúdo. E a proprietária continua feliz e saltitante com o lucro atraído pela gordinha e pela feinha.
Journal de Montréal, 1o. de abril, página 7.
1 comment:
Nó, isso dá um tratado filosófico! O.o
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