14.9.11

Por aí

Vou caminhando, olhando para os vivos e conversando com os mortos. As pedras cinzentas surgem à frente, presas entre grades, como se as impedissem de voar. Tenho a impressao que vi tudo, que o filme se repete, que o novo acabou, que a roda gira e tem que girar. Que novas mordidas serao possiveis na maça universal. A paz, tao esperada, aos poucos se instala, entre desafios, angústias e alegria. Dentro do verde que ajuda a respirar, do verde que tranquiliza, do verde ao lado do cinza louco e das cores berrantes. Tudo será revivido, para o prazer ou para a insatisfaçao. É tempo de sentir as pontas perfurantes da angústia. É tempo de buscar a energia onde ela insiste em se mascarar. É tempo de simplicidade e dos poucos caprichos. É tempo de canalizar a alegria. É tempo de ousar e de recuar. É tempo de refletir, de rezar, de sonhar, de pedir, de olhar para dentro, de fazer planos. É tempo de resgatar e de querer. É tempo de descer as maos na terra e esperar para ver. É tempo de Júpiter em fim de ciclo astral.

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