Depois de algum tempo distante do estudo das línguas, estou de volta aos sons inéditos e palavras desconhecidas. Estou estudando francês. Anos depois da aprendizagem do inglês, e junto com as constantes consultas aos dicionários e gramáticas nativos, retorno aos dicionários e gramáticas de outras galáxias.
Desta vez, têm me impressionado a facilidade e os instrumentos que tecnologia nos possibilita nos estudos. Nada mais de perder horas folheando o dicionário procurando as traduções das palavras. Basta sentar na frente do computador, digitar ao que se quer e o programinha tradutor fornece imediatamente o significado.
Não consegui nenhum tradutor direto do francês para o português, mas o que passa do francês para o inglês tem me ajudado muito - inclusive a revisar a língua de Shakespeare. As consultas chegam inclusive às formas conjugadas do verbo - algo que o dicionário não possibilita. Isso enquanto a encomenda que fiz do livro de conjugações verbais não chega na livraria. Alguns sites, como o Babelfish, fazem a tradução direta, mas o meu acesso é discado, o que impede o trabalho on-line.
São tantas as possibilidades de aprendizagem mediadas pela tecnologia que penso que um dias as escolas de línguas não farão mais sentido. Há sites e mais sites com material para aprendizagem. Há um editado na França, o da Radio France Internacionale, que todos os dias publica notícias mundiais em linguagem simplificada, em versão escrita e falada pelos apresentadores, em ritmo pausado, para facilitar o entendimento.
Na internet há vários canais de televisão e rádio, há vídeos e também programas multimídia para o computador. E o PC ainda permite copiar filmes em DVD, para depois ver com calma, com o uso ou não de legendas, em português ou na língua em estudo. Bem, eu não possuo TV por assinatura, o que seria ainda mais uma opção para aprender.
Lembro que, no início dos anos 90, quando eu aprendia inglês, tudo que havia eram fitas cassete e filmes em vídeo. A escola em que eu estudava veiculou na TV um comercial no qual propalava a instalação de uma antena parabólica (!), por meio da qual eram captados sons e imagens de canais em inglês. A então nova ferramenta, na época um inovação, hoje parece perdida no tempo.
Depois fui estudar na Inglaterra e ficava babando com as maquininhas tradutoras dos japoneses na sala de aula. Os notebooks ainda não eram comuns - ou acessíveis - e os japoneses já estavam na frente. Enquanto os alunos folheavam e catavam nos enormes "Oxford Advanced Learners", em poucos segundos eles pegavam a tradução de palavras e expressões. Hoje a tradução instantânea está acessível a todos que têm computador.
A professora de francês fez uma coisa muito legal: elaborou um módulo "Phonétique", impresso, e gravou em CD as pronúncias de fonemas e palavras. Transformei tudo em MP3 e passei para o player.
Eu havia estudado francês durante alguns meses, alguns anos atrás, com uma professora particular. Tinha alguma noção, portanto. Apesar de o francês ser tão complexo quanto o português, a proximidade entre as duas línguas, ambas de origem latina, faz com que a leitura seja mais fácil de ser absorvida com pouca quantidade de vocabulário do que no caso do inglês. Mas eu quero ver na hora de escrever. Aí é que vai ser dureza. Não dá para confiar em tradutor.
No comments:
Post a Comment