12.12.12

De volta à cidade

O chegada de avião em Salvador, vindo pelo sul, em dia de céu claro, é fantástica. A aeronave vira ligeiramente e entra na cidade pelo mar, sobrevoando o Farol da Barra. Os prédios parecem feitos de papel, em modelos de maquete. Está tudo ali, nada foi retirado. O estádio da Fonte Nova está novamente de pé, quase pronto para a Copa. Do alto dá para ver que, em pleno miolo da cidade, no caminho até o aeroporto, ainda existem regiões de área verde e exuberante, resquícios da Mata Atlântica em plena cidade, seja nos parques ou em áreas ainda não construídas.

É quase um susto sair da fria Toronto, cinzenta e silenciosa de outono e chegar na ensolarada, brilhante, caótica e barulhenta Salvador. Onde estão os sinais e as faixas de pedestres? Existem compensações: acarajé e abará com vatapá e camarão, cerveja Skol bebida na rua, gente que começa a conversar sem motivo ou objetivo, requeijão cremoso, pão francês, mamão papaia, queijo coalho, queijo Minas, pão de queijo, café espresso e outras delícias que a gente dá por certas, mas que somem nas mudanças da vida.


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