Salvador está em chamas. No bom sentido, é claro, fervendo no Carnaval. O sol está radiante e fervilhante. A água da torneira da cozinha da minha casa desce quente.
Na quarta-feira foi dia da Festa de Iemanjá, aqui no Rio Vermelho. Pela manhã fui tirar fotos. Na Praia da Paciência, muitos balaios com presentes e uma fila enorme para colocar mais presentes nos barcos que vão para o alto mar. Muitas baianas vestidas a caráter. Rodas de samba. Mães e pais-de-santo dando passes. Muitos gringos e nativos com máquinas fotográficas a postos. O dia havia iniciado triste, com a notícia da explosão do rojão na mão do nosso amigo, o jornalista Gil. Ele foi operado e passa bem. Parece que tem boas chances de ficar sem maiores problemas. As pessoas estão se articulando para ajudar com os custos da cirurgia, já que o jornalista não pussui plano de saúde. Jornais de Salvador divulgaram notas pedindo colaboração.
A tradição do arroz de polvo foi mantida. Desta vez foi preparado por A., que agora mora no Rio de Janeiro, dividindo casa com um amigo e "chef de cuisine". Se ele já cozinhava bem, agora parece estar com ainda mais competências. A. preparou também um refogado de ostras. Várias caipiroscas depois, almoçamos. O resto da turma ficou na farra. Vim para casa dormir. Não aguento mais hard reggae. Tinha que trabalhar no dia seguinte.
Na quinta, a saída do bloco Os Mascarados, na Barra. Com o tradicional atraso, o bloco saiu às duas da manhã. Em cima do trio, a presença de uma loura cabeluda e saltitante, mais tarde identificada como Elba Ramalho. Achei o som meio chocho, sem animação. Só melhorou quando chegou próximo ao camarote de Daniela (próximo das câmeras?), quando Margareth Menezes (foto) cantou Dandalunda.O bloco estava com público gigantesco, composto de muita gente da gringolândia. Gente que não tem o astral de produzir fantasias. A maior parte estava fantasiada com o uniforme bermuda-e-camiseta, assim como boa parte das pessoas da terra, que depois de pagar R$ 300,00 para sair dentro das cordas, ficam sem graça e sem grana para a fantasia. Dá para perceber que o bloco está ficando menos bonito, pois ver a produção criativa das fantasias conferia uma diversão a mais.
Fui dormir às cinco da matina para acordar às sete e ir trabalhar. A sorte é que iria ser somente meio turno, até o meio-dia. Resultado: nem saí na sexta.
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