O Ateliê de Coreógrafos Brasileiros , em sua quarta versão, acontece no Teatro Castro Alves, em Salvador, até dia 18. No sábado, foram apresentados os espetáculos “1 Corpo em 5”, de Edvan Monteiro (CE), e “A Lupa”, de Jorge Alencar (BA). Ambos envolvidos por som eletrônico. O primeiro com a presença da cantora Rebeca Matta. O segundo com o músico Nikima.
As atrações que vi no ano anterior foram superiores. “1 Corpo em 5” traz vários vídeos e desperta asco, com recorrentes cenas de vômito, tanto nas projeções quanto entre os dançarinos. Muita plasticidade e pouca dança. O melhor do espetáculo é a parte inicial, em que um dançarino está dentro de uma caixa transparente, com uma projeção ao fundo, conduzindo à impressão de uma cobra aprisionada.
O segundo espetáculo, “A Lupa”, de Jorge Alencar, também diretor do Dimenti, grupo que mistura teatro, dança e música. Desta vez incluído no ateliê de coreógrafos, Alencar mostrou mais teatro do que dança. O seu trabalho no Dimenti consiste em certa reavaliação crítica da dança, frequentemente conduzindo os dançarinos a movimentos cômicos, o que funciona bem em teatro. Mas, para quem espera virtuosismo na dança, o que foi visto em outras edições do Ateliê de Coreografos, “A Lupa” foi decepcionante.
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