12.12.07

Turistas, ora bolas

Continuo trabalhando no receptivo de turistas que chegam no porto de Ilhéus. Na última segunda-feira chegaram dois navios. Chegou gente de vários cantos do mundo. Conversei com indianos, espanhóis, italianos, franceses e até filipinos!

Os filipinos eram bem jovens, três rapazes e uma garota. O motorista que os levou para a praia ficou muito feliz. O acerto do pagamento foi feito em dólares. Eles pagaram a mesma quantidade em euros.

Os indianos seguiram em um grande grupo, que incluía avós, filhos e netos. Foram junto com alguns espanhóis, também idosos. O senhor indiano que negociou o preço do passeio pechinchou até não poder mais. E depois eu soube que eles reclamaram para visitar lugares que não constavam no acerto feito. Depois ainda falam que brasileiro é que quer ser esperto.

Tenho um amigo brasileiro que é guia turístico na América do Norte. Ele faz o seu trabalho em espanhol, com grupos que chegam normalmente da Espanha e do México. De vez em quando faz grupos portugueses. Ele já trabalhou com turistas brasileiros mas prefere não fazer mais isso.

Os brasileiros não gostam de pagar gorjeta, alguns costumam tratar o guia e o motorista do ônibus como simples serviçais. Outros ainda têm aquela "adorável" característica brasileira da gozação depreciativa. Aquele humor barulhento quase sempre ancorado na diminuição do outro. Uma "jóia" da cultura nacional. Sem contar aqueles prepotentes classe-média-alta-em-viagem, que na hora das discussões inflamadas sacam da carteira o "Sabe com quem você está falando?".

Alguém se salva?

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