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Os professores de línguas sempre me falaram que os dicionários bilíngues (por exemplo inglês/português, português/inglês) servem somente para o início da aprendizagem. Que a partir de um certo tempo é preciso partir para um dicionário da própria língua, que explique o significado das palavras e não faça somente a simples tradução.
Concordo, mas mesmo sabendo disso o meu velho dicionário Ediouro é companhia constante quando leio algum livro em francês, como faço agora, lendo dois ao mesmo tempo, uma coisa meio maluca. La Meilleure Part des Hommes, de Tristan Garcia, e L'appartement Témoin, de Tatiana de Rosnay. Nem sempre acho lá tudo o que procuro, mas sempre acho que é mais fácil procurar nele, que tem menos páginas para revirar do que o Micro Robert, por exemplo.
Mas revirar páginas de dicionário está virando coisa do passado. O São Google está cada dia mais poderoso, eficiente e o seu tradutor economiza um tempo enorme de busca. E, o que é melhor, ajuda nas expressões idiomáticas, já que o site faz a tradução completa do texto. O Google Tradução eliminou o meu desejo de comprar um tradutor eletrônico, uma maquininha que vi há muitos anos nas mãos de estudantes japoneses, na época em que tudo que era eletrônico e moderno era produzido no Japão, lá pelos anos 90.
O dicionário de papel serve romanticamente de partner para o livro em papel, como um casal unido e harmônico há muito tempo. Como goiabada com queijo. Como pão com manteiga. Como hambúrguer e batatas fritas.
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