Desde que decidi trocar de país, mudei de casa seis vezes durante cinco anos. A quase totalidade dos meus livros ficou em local seguro, em recinto familiar, com hospedagem gratuita. Com tanta mudança na vida, o espaço habitável disponível vale como pedra preciosa. Livro ocupa muito espaço e é pesado na hora da mudança. Então prometi a mim mesmo evitar comprá-los.
Nos últimos tempos uma boa opção é ler no e-reader. Lá cabem centenas de livros sem ocupar volume algum e com peso zero. E posso transportar o apetrecho facilmente para qualquer lugar. Às vezes sinto falta de rabiscar no livro, de anotar a tradução de alguma palavra. Para isso, só o de papel ou e-ereaders mais avançados. O meu não tem esse recurso.
Também pego muita coisa na biblioteca pública. Além de ser gratuito e não ocupar espaço, o prazo de devolução serve como um incentivo para não ficar enrolando e terminar logo a leitura.
A oferta de livros em Toronto é muito grande. Adquiro, vou confessar, alguns por preços simbólicos em feiras beneficentes e em lojas de artigos usados. Encontro livros deixados para doação em caixas nas calçadas e até na lavanderia do prédio, onde os moradores deixam exemplares para que outras pessoas levem para casa.
Como se nao bastasse toda essa facilidade, de vez em quando as livrarias fazem promoções fantásticas. E quando se dá sorte de achar o que se quer, é uma maravilha. Há alguns meses entrei na loja de uma grande rede para comprar um livro no formato de arquivo eletrônico. Havia uma surpreendente promoção dos livros reais, não digitais. Até 80%(!) de desconto. Achei um romance de um dos meus autores favoritos, o irlandês Colm Toíbin. De 30 por 7 dólares. Não tive escolha, apesar da promessa que fiz, carreguei o luxuoso exemplar de capa dura e sobrecapa para casa.
1 comment:
Danilo, quanta inveja de vc por achar um porto seguro para os seus livros :-)) Estou com problemas de espaço para abrigar os meus e por isso mesmo tb decidi parar de comprá-los. Aí me deparo com uma oferta sensacional parecida com essa sua e é meu fim. Resisitir, quem há-de? :-))) O pior é que sou um old-fashionista - a leitura eletronica me cansa, nao me empolga. Nao consegui me libertar do apego ao suporte papel... Tempestades ä vista, portanto. Ah, tb adoro o Toibim. Luz do Farol é um assombro de bom! Julio
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