Há
algum tempo venho percebendo que em países de grande extensão
territorial, que possuem apenas uma língua oficial, como é o caso do
Brasil, Estados Unidos e Russia, os seus habitantes têm alguma
dificuldade, talvez por poucas oportunidades de contatos com
estrangeiros, para aprender e dominar um segundo idioma. Então não se faz muito esforço para aprender vocabulário estrangeiro. É como se houvesse a sensação de auto-suficiência na própria língua.
Americanos são conhecidos pela incapacidade de comunicação em uma segunda língua. Os russos têm problema semelhante. Entre os brasileiros, que costumam jogar sempre a culpa no sistema de educação, isso também acontece. Mas efetivamente é caro estudar línguas estrangeiras no Brasil e mais caro ainda sair do país para praticá-las.
O gosto por
línguas estrangeiras foi um dos motivos da minha mudança de país. Estava
cansado de estudar, estudar, estudar gramática e sempre com dificuldade para
compreender o que era falado. A fluência em uma segunda língua exige
vivência, mesmo que eventual. Talvez por isso os europeus tenham mais
sorte: a proximidade entre os países permite uma troca mais intensa. É
mais fácil e barato sair para estudar e praticar. No meu caso, ocorre
um fato inusitado: tenho mais oportunidade de praticar espanhol aqui em
Toronto do que em Salvador. Pelo grande número de hispânicos que existe
na cidade.
A internet chegou trazendo mudanças nesse cenário de aprendizagem de línguas. Se o inglês passou a ser uma língua quase universal, existem inúmeros recursos. Há cursos e mais cursos online, páginas de testes gramaticais, jornais gratuitos. As redes sociais possbilitam informações diárias e atualizadas na língua que se quer aprender. Basta usar. E ter tempo e energia disponíveis.
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