Há um novo habitante na minha casa: Ronrom. Um gato de pêlo duro, ex-gato de rua, ex-homeless. Não fui eu que o escolhi. Ele escolheu a minha casa para morar. Ronrom chegou magrinho, resultado da alimentação pobre das ruas. Em uma semana, à base de ração e uma aplicação de vermífugo, ele já está aparentando ter o dobro do peso que tinha quando o encontrei. Ele chegou tímido, explorando todos os cantos do apartamento. Agora já se sente dono da casa. Está até mais agressivo, gosta de morder meus dedos do pé. Ronrom sempre fica me aguardando ao chegar em casa, já quando coloco a chave na fechadura da porta. Para logo em seguida tentar sair em disparada pelo corredor do prédio. A presença de um animal de estimação em casa, algo que eu não me deparava desde a infância, proporciona ótimos momentos de relax nos intervalos de trabalho. Em breve publico fotos.
Crônicas e comentários de Danilo Menezes. Jornalista brasileiro da Bahia, atualmente morando em Toronto, Ontario, Canada.
30.7.03
28.7.03
25.7.03
Cinema Comentado
"O Último Beijo", filme produzido na Itália, retrata as crises pelas quais passam os trintões. Estão lá as relutâncias da aceitação de responsabilidades, em oposição à vida desregrada. Estão também as alegrias, as perspectivas e as falências dos relacionamentos. Na atualidade, em qualquer lugar, é tudo muito parecido. Seja na Itália, ou em qualquer parte do mundo.
Carlo (Stefano Accorsi) e Giulia (Giovanna Mezzogiorno) vivem juntos há três anos. Ela agora está grávida e eles pensam em se casar. Ao mesmo tempo, ele começa a se interessar por uma garota de 18 anos. Três amigos de Carlo, de sua mesma faixa etária, deparam-se cada um com suas dificuldades. Um deles está em crise com a esposa, que depois de dar à luz, tornou-se uma megera. O outro vive brigando com a ex-namorada e tem problemas familiares: recusa-se a trabalhar na loja de artigos religiosos da família e o pai está à beira da morte. O terceiro é um bon vivant. Usa cabelo rastafari, pirateia CDs, usa drogas e vive trocando de namorada.
O filme é uma tragicomédia sobre os relacionamentos no mundo moderno. Com todas as dificuldades em chegar a novos modelos de casamento, relações familiares e criação de filhos. E o amor, as alegrias, os desentendimentos, as implicações e as culpas envolvidas em tudo isso. Destaque para a atuação da bela Giovanna Mezzogiorno. O filme está em cartaz na Sala de Arte do Baiano.
Carlo (Stefano Accorsi) e Giulia (Giovanna Mezzogiorno) vivem juntos há três anos. Ela agora está grávida e eles pensam em se casar. Ao mesmo tempo, ele começa a se interessar por uma garota de 18 anos. Três amigos de Carlo, de sua mesma faixa etária, deparam-se cada um com suas dificuldades. Um deles está em crise com a esposa, que depois de dar à luz, tornou-se uma megera. O outro vive brigando com a ex-namorada e tem problemas familiares: recusa-se a trabalhar na loja de artigos religiosos da família e o pai está à beira da morte. O terceiro é um bon vivant. Usa cabelo rastafari, pirateia CDs, usa drogas e vive trocando de namorada.
O filme é uma tragicomédia sobre os relacionamentos no mundo moderno. Com todas as dificuldades em chegar a novos modelos de casamento, relações familiares e criação de filhos. E o amor, as alegrias, os desentendimentos, as implicações e as culpas envolvidas em tudo isso. Destaque para a atuação da bela Giovanna Mezzogiorno. O filme está em cartaz na Sala de Arte do Baiano.
Lançamento de livro
Lançado ontem, dia 24 de julho, na Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, o livro "A Família de Santo nos Candomblés Jejes-Nagôs da Bahia", do antropólogo Vivaldo da Costa Lima, Professor Emérito da UFBA. O evento reuniu políticos, intelectuais e recebeu a atenção das redes de televisão de Salvador.
O livro é a reedição da dissertação de mestrado, apresentada pelo professor em 1972 e publicada originalmente em 1977. Lançado pela Editora Corrupio, de Salvador, a nova edição traz várias fotos do franco-baiano Pierre Verger.
A obra é um clássico da cultura baiana. "É um depoimento engajado de um pesquisador de mão cheia, para quem o candomblé é muito mais do que um simples objeto de estudos ou curiosidade étnicos. É um modo de vida para grande número dos baianos de todas as classes e cores", escreveu o antropólogo Peter Fry, na contracapa.
Publicado no Super Fatos de 25.07.2003
O livro é a reedição da dissertação de mestrado, apresentada pelo professor em 1972 e publicada originalmente em 1977. Lançado pela Editora Corrupio, de Salvador, a nova edição traz várias fotos do franco-baiano Pierre Verger.
A obra é um clássico da cultura baiana. "É um depoimento engajado de um pesquisador de mão cheia, para quem o candomblé é muito mais do que um simples objeto de estudos ou curiosidade étnicos. É um modo de vida para grande número dos baianos de todas as classes e cores", escreveu o antropólogo Peter Fry, na contracapa.
Publicado no Super Fatos de 25.07.2003
20.7.03
18.7.03
A inquietação está no ar.
A empresa em que trabalho está em polvorosa. Hoje é sexta, já houve alguns eventos e outros se anunciam. Há problemas em equipamentos. A energia das pessoas está muito conturbada. Pobres corações e pressões sanguíneas. Faço o que posso para não entrar naquele redemoinho. Não faz bem para a minha saúde. Por isso estou aqui, trabalhando isolado e pensando neste texto.
A impressão que tenho ( e sem desejar isto, de forma alguma) é que a qualquer momento alguém vai sair dali gritando: socorro!
Fico pensando até que ponto o stress não é uma criação do próprio ser humano. Gerado de forma gratuita, sem necessidade. Eventos, puxa-saquismos, rapapés. A contínua perseguição ao ato do "agrade" aos superiores é uma coisa muitíssimo desgastante.
Espero que o final de semana chegue logo. Aliás, há algum tempo vivo em função de finais de semana. Ansiosamente os esperando. Há mais tempo, seria por causa e em busca das festas. Hoje, é em busca do descanso, da leitura e da produção tranquila dos meus textos.
A empresa em que trabalho está em polvorosa. Hoje é sexta, já houve alguns eventos e outros se anunciam. Há problemas em equipamentos. A energia das pessoas está muito conturbada. Pobres corações e pressões sanguíneas. Faço o que posso para não entrar naquele redemoinho. Não faz bem para a minha saúde. Por isso estou aqui, trabalhando isolado e pensando neste texto.
A impressão que tenho ( e sem desejar isto, de forma alguma) é que a qualquer momento alguém vai sair dali gritando: socorro!
Fico pensando até que ponto o stress não é uma criação do próprio ser humano. Gerado de forma gratuita, sem necessidade. Eventos, puxa-saquismos, rapapés. A contínua perseguição ao ato do "agrade" aos superiores é uma coisa muitíssimo desgastante.
Espero que o final de semana chegue logo. Aliás, há algum tempo vivo em função de finais de semana. Ansiosamente os esperando. Há mais tempo, seria por causa e em busca das festas. Hoje, é em busca do descanso, da leitura e da produção tranquila dos meus textos.
14.7.03
O engenheiro na cozinha
O livro A Cozinha Sertaneja da Bahia foi lançado no final do ano passado e ainda pode ser encontrado em algumas livrarias da cidade. O autor é o engenheiro civil Guilherme Radel, 73, professor aposentado da Escola Politécnica da UFBA e ex-diretor da Embasa. O engenheiro é pesquisador de gastronomia há muitos anos.
O livro é uma compilação das receitas da cozinha praticada no sertão da Bahia. Mais de 700 receitas compõem a obra, impressa em papel de excelente qualidade e ricamente fotografada. O livro é um tributo a uma culinária pouco lembrada, apesar de ser consumida quase que diariamente nas residências do Estado. Na divulgação da cultura da Bahia, é a cozinha afro-baiana e os pratos feitos com azeite de dendê que são sempre privilegiados. Junto com as receitas e fotografias, há textos consistentes sobre a aspectos históricos e culturais da alimentação.
A cozinha sertaneja da Bahia é herança direta da culinária portuguesa, com muitos elementos indígenas e alguns africanos. Carnes de cabrito, cordeiro, boi, porco, carne-do-sol, charque e caças são alguns dos petiscos retratados. Radel tem outro livro, prestes a ser lançado, sobre a cozinha "praiana" da Bahia.
Publicado no Super Fatos de 16.07.2003.
O livro A Cozinha Sertaneja da Bahia foi lançado no final do ano passado e ainda pode ser encontrado em algumas livrarias da cidade. O autor é o engenheiro civil Guilherme Radel, 73, professor aposentado da Escola Politécnica da UFBA e ex-diretor da Embasa. O engenheiro é pesquisador de gastronomia há muitos anos.
O livro é uma compilação das receitas da cozinha praticada no sertão da Bahia. Mais de 700 receitas compõem a obra, impressa em papel de excelente qualidade e ricamente fotografada. O livro é um tributo a uma culinária pouco lembrada, apesar de ser consumida quase que diariamente nas residências do Estado. Na divulgação da cultura da Bahia, é a cozinha afro-baiana e os pratos feitos com azeite de dendê que são sempre privilegiados. Junto com as receitas e fotografias, há textos consistentes sobre a aspectos históricos e culturais da alimentação.
A cozinha sertaneja da Bahia é herança direta da culinária portuguesa, com muitos elementos indígenas e alguns africanos. Carnes de cabrito, cordeiro, boi, porco, carne-do-sol, charque e caças são alguns dos petiscos retratados. Radel tem outro livro, prestes a ser lançado, sobre a cozinha "praiana" da Bahia.
Publicado no Super Fatos de 16.07.2003.
8.7.03
Para não esquecer. Biblioteca online de gastronomia.
http://www.library.adelaide.edu.au/guide/hum/history/Gastronomy.html
http://www.library.adelaide.edu.au/guide/hum/history/Gastronomy.html
6.7.03
Penne com lagosta e tomates
Hoje comi um prato feito com lagostas. Muito bom. Lagostas vindas de Ilhéus. Descascadas, cozidas com tomates-gigantes, cebola, coentro e sal com alho. Para arremater e dar o tom aveludado, um pouco de creme de leite.
A lagosta foi acompanhada de penne com um pouco de manteiga do sertão. Não é manteiga de garrafa. É daquela legítima, sem cozimento, feita somente com a gordura do leite. Amarelinha, mas sem corantes. Podia-se comer a massa pura, só com a manteiga e um pouco de parmesão de boa qualidade. Percebi quão bom é um Fettucine a la Alfredo, feito dessa forma.
O molho ficou muito suave, pois não foi usada polpa de tomate industrializada. Os tomates não foram picados. Os pedaços grandes é que desmancharam-se com o cozimento. No molho da lagosta não foi necessário nem um dedo de água. O suco surgiu do próprio crustáceo, dos tomates e da cebola. Para finalizar, um fio de azeite de oliva. Um banquete, digno de boas notas e elogios. Um licor de laranja fechou a refeição.
Publicado no Super Fatos de 07.07.2003
A lagosta foi acompanhada de penne com um pouco de manteiga do sertão. Não é manteiga de garrafa. É daquela legítima, sem cozimento, feita somente com a gordura do leite. Amarelinha, mas sem corantes. Podia-se comer a massa pura, só com a manteiga e um pouco de parmesão de boa qualidade. Percebi quão bom é um Fettucine a la Alfredo, feito dessa forma.
O molho ficou muito suave, pois não foi usada polpa de tomate industrializada. Os tomates não foram picados. Os pedaços grandes é que desmancharam-se com o cozimento. No molho da lagosta não foi necessário nem um dedo de água. O suco surgiu do próprio crustáceo, dos tomates e da cebola. Para finalizar, um fio de azeite de oliva. Um banquete, digno de boas notas e elogios. Um licor de laranja fechou a refeição.
Publicado no Super Fatos de 07.07.2003
4.7.03
A Bahia, estação primeira do Brasil
A Independência da Bahia consolidou a independência do Brasil. Marca-da por personagens heróicos e outros nem tanto, a luta pela independência é fonte de orgulho para todo o Estado.
Um personagem interessante, que agora vira filme, é o do corneteiro Lopes. Em uma das batalhas finais contra Portugal, o exército baiano, pouco preparado, composto em parte de escravos e trabalhadores, preparava-se para a derrota. O corneteiro Lopes - em um grande erro, ou em um ímpeto de ousadia-, em vez do toque de retirada, tocou avançar cavalaria degolando. O que fez com que o Exército de Portugal, assustado, batesse em retirada.
O filme “O Corneteiro Lopes” tem 20 minutos de duração.
Um personagem interessante, que agora vira filme, é o do corneteiro Lopes. Em uma das batalhas finais contra Portugal, o exército baiano, pouco preparado, composto em parte de escravos e trabalhadores, preparava-se para a derrota. O corneteiro Lopes - em um grande erro, ou em um ímpeto de ousadia-, em vez do toque de retirada, tocou avançar cavalaria degolando. O que fez com que o Exército de Portugal, assustado, batesse em retirada.
O filme “O Corneteiro Lopes” tem 20 minutos de duração.
A origem do licor
Os licores surgiram para guardar, transmitir e potencializar os princípios ativos e os sabores de ervas, plantas e frutas no álcool. Apareceram na Antiguidade, quando egípcios e gregos deram os primeiros passos rumo ao domínio das técnicas de destilação. Naquela época, a bebida era usada para a cura de todos os males, como elixir de rejuvenescimento ou poção do amor. Hoje, eles são o final primoroso de um jantar e ingredientes básicos de vários coquetéis.
Os melhores e mais sofisticados licores são feitos pelo processo de destilação do álcool. Os componentes aromáticos do licor são adicionados ao destilado base, compondo uma mistura que depois será destilada. O produto é então adocicado e, se for o caso, recebe um corante. Já no processo de infusão os componentes da receita ficam macerando dentro do álcool por um longo período. Depois disso, com o líquido fortemente aromatizado, a mistura é filtrada e recebe açúcar.
Seja qual for o processo, espera-se o tempo necessário para a consumação do perfeito casamento entre perfumes e sabores. Desde os famosos e caros licores industrializados, até os artesanais de jenipapo, de passas e outras frutas, o que conta é o prazer da degustação.
Fonte: www.claudiacozinha.com.br
Publicado no Super Fatos de 03.07.2003
Os melhores e mais sofisticados licores são feitos pelo processo de destilação do álcool. Os componentes aromáticos do licor são adicionados ao destilado base, compondo uma mistura que depois será destilada. O produto é então adocicado e, se for o caso, recebe um corante. Já no processo de infusão os componentes da receita ficam macerando dentro do álcool por um longo período. Depois disso, com o líquido fortemente aromatizado, a mistura é filtrada e recebe açúcar.
Seja qual for o processo, espera-se o tempo necessário para a consumação do perfeito casamento entre perfumes e sabores. Desde os famosos e caros licores industrializados, até os artesanais de jenipapo, de passas e outras frutas, o que conta é o prazer da degustação.
Fonte: www.claudiacozinha.com.br
Publicado no Super Fatos de 03.07.2003