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Orçado em 150 milhões de dólares, o filme não vem obtendo a bilheteria esperada. Entre outros aspectos, o diretor foi acusado pela crítica especializada de abordar mais as crises existenciais e detalhes da vida privada do que as conquistas do general.
As cenas de batalhas, especialmente a dos elefantes, são bem filmadas. O resultado da produção, de quase três horas, é superior ao de Tróia, outro filme épico exibido há pouco tempo. Alexandre foi elaborado a partir da biografia do guerreiro, tem o mérito de aproximar o expectador dos fatos históricos e mostrar as artimanhas de um grande líder.
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Quando vi Alexandre, após já ter lido algumas críticas, tive a impressão de que o filme só terá o seu valor reconhecido daqui a alguns anos. Fiquei satisfeito ao saber que o diretor teve a mesma impressão. Em entrevista à Folha de SP, Oliver Stone revela que ficou chateado com a avalanche de críticas negativas e acha que o trabalho só será compreendido no futuro.
O filme tem reconstituição histórica fabulosa. Dá curiosidade de ler o livro no qual a produção foi baseada. As cenas que retratam a Pérsia e os seus guerreiros remetem àqueles filmes antigos das mil e uma noites. A batalha dos elefantes é muito interessante. Assim como o comportamento político de Alexandre ao estimular os seus soldados para lutar e as alianças com os países conquistados. Não há como escapar da grandiloquência, mas como fazer um épico de outra forma? Achei que o diretor foi muito feliz em conjugar os conflitos íntimos e as batalhas que fizeram a expansão do império Macedônico.
Embora não seja um parâmetro muito confiável, por ora deve-se aguardar o que Mr. Oscar vai dizer.
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