Churrasco é unanimidade nacional. Do sul ao norte, da casa pobre à rica. Da carne assando no domingão, em cima da laje, ao bufê contratado da churrascaria de luxo, os brasileiros não resistem às carnes espetadas e assadas nas brasas do carvão. Isto é, excluindo os vegetarianos, que não se conformam com o consumo de animais.
De modo geral não como muita carne vermelha. Houve épocas em que só comia peixe, frango e mariscos. Mas não resisto a um bom churrasco, igual ao que fui hoje, domingo. O meu prato é sempre alvo de gozações, pelo tamanho, digamos, além do esperado.
Prédio de classe média alta, aniversário de amigos de amigos, lá fui eu. Empresa contratada servindo, tudo no maior conforto, nem sinal de brasas, cinzas e fumaça. Pratinhos saindo com pedaços de carne, calabresa, coração de galinha e pão de alho assado. Cervejas, uísques, vinhos e roskas circulando. Verdadeira esbórnia.
A estratégia de quem oferece churrasco aos convidados é sempre a mesma. Serve-se a própria carne assada, calmamente, em pequenas porções, como se fosse tira-gosto. Quando a gente pensa que não vem mais nada, que já estamos satisfeitos, eis que a mesa de acompanhamentos é posta. Arroz branco, arroz temperado, feijão tropeiro, salada verde, maionese de batata, farofa, molho de pimenta e vinagrete.
Os acompanhamentos do churrasco variam de acordo com a região do país. Na Bahia, não pode faltar a salada de batata com maionese e o feijão tropeiro. Em outros lugares, a ênfase fica com a farofa, com a salada verde e até aipim (macaxeira).
Depois de ver tão bela mesa servida, como resistir? Faz-se um prato gigantesco, desta vez come-se com mais voracidade do que durante os aperitivos. Terminado o prato, dirige-se à mesa de sobremesas para adoçar o paladar.
A dieta vai para as cucuias.
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