14.5.06

Antes do inverno

Chove e faz frio em maio como há muito não se vê em Salvador. Aproveito para dormir e ler. Costuma-se dizer que, com a passagem do tempo, o sono das pessoas vai diminuindo. Eu não tenho esse problema. Dormir é uma das coisas que acho mais prazerosas na vida. Adoro cochilar durante o dia, quando é possível. Com as horas ocupadas da semana, é nas tardes livres dos sábados e domingos que sobram os minutos para descanso. O sono reparador é uma benção para a saúde.

Com o sono eu aproveito para empurrar para depois o artigo para entregar e as postagens no blog - que caminha devagar há algum tempo, mas é resistente. Tomo café para despertar. Vou tentando, tentando, até que surge alguma coisa e as palavras começam a fluir pela frente.

Em domingo de restaurantes lotados de famílias, fiquei em casa, fiz uma massa italiana com frango (que estava semi-pronto, temperado, desfiado e congelado), azeitonas e tomates secos.

Durante o Festival Sala de Arte, assisti ontem a Uma Mulher Contra Hitler (Sophie Scholl - Die Letzten Tage, Alemanha, 2005), direção de Marc Rothemund, que ganhou 2 Ursos de Prata no Festival de Berlim, nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Atriz (Julia Jentsch), e foi indicado ao Oscar 2006 de filme estrangeiro.

Uma visão diferente dos filmes sobre o nazismo: a insatisfação dos alemães com o governo de Hiltler durante a Segunda Guerra. Sophie Scholl e seu irmão são estudantes universitários em Munique e fazem parte da Rosa Branca, uma organização contrária a Hitler. Eles são presos e julgados por distribuírem panfletos criticando o governo.

O clima é lento e angustiante. O roteiro é muito inteligente e informativo. A racionalidade e o pragmatismo dos alemães sempre presentes. É como se o filme dissesse que a dor deva ser sofrida calada, como se fosse uma missão a ser cumprida. Ou paga. Bem diferente da cultura latina que está próxima de nós.

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