Retorno para a mesma academia de ginástica e musculação que freqüentei quando era adolescente. O prédio tem outro endereço, mas é a mesma academia. Madonna ainda está lá, animando os exercícios.

Nessa época ainda existiam as “músicas lentas” nas festas. Era a hora de dançar em pares e, quem sabe, ganhar um beijo. Alguns anos depois, essa prática ainda persistia. Nas boates de Salvador, onde morava alguns anos depois, existia o mesmo hábito. Depois das músicas mais agitadas, vinha a sessão das lentas. O axé e o pagode ainda não faziam parte do set list do DJ. Discotecário, disk jockey? Alguém lembra se era assim mesmo que se chamava?
Eu sempre gostei de disco music, de música para dançar. Desde “Os Embalos de Sábado à Noite”, com John Travolta. A adolescência passou, mudei de cidade, fui impregnado pela música baiana, apesar de nunca esquecer a disco music. Nos anos 80 e 90, ela acabou eclipsada pelo pop-rock inglês e nacional.
No meado da década de 90 fiquei muito curioso com o novo tipo de som que se apresentava (pelo menos para mim): a música eletrônica, o techno. Conhecia o trabalho do grupo alemão Kraftwerk, do final dos anos 80, um dos precussores, mas não era uma coisa muito dançável.

Cada noite fui a um lugar diferente de Londres para conhecer o som e o ambiente. O dia era quase todo para dormir. Só no quinto dia da viagem, o domingo, fui dar uma caminhada na cidade para conhecer os tradicionais pontos turísticos. Até então, o que mais havia me marcado na cidade tinha sido, ao voltar de uma festa, apreciar a noite deserta. O cais do rio Tâmisa, os prédios e monumentos, tudo bem iluminado na madrugada, revelando a beleza tranquila da Londres agitada. Como sempre acontece comigo nessas ocasiões, uma emoção profunda se instalou. Eu faço então uma espécie de agradecimento aos céus por ter a oportunidade de viajar e de estar em lugares impensáveis na minha rotina, em momentos tão especiais.
No comments:
Post a Comment