O encontro de pai e filho na Argentina dos anos oitenta, imediatamente após a ditadura militar, é retratado no filme Ilusão de Movimento (Argentina, 2003), de Hector Molina. Gerardo (Carlos Resta) regressa a Rosario, sua terra natal, para conhecer David (Matías Grappa), de sete anos, de quem desconhecia a existência. A mãe do garoto fora assasinada durante o regime militar. O pai tenta se aproximar do filho, que, por sua vez, mantém certa distância.
O cinema argentino atual vem produzindo excelentes trabalhos, mas não é o caso de Ilusão de Movimento, marcado por direção e montagem irregulares. Há cortes abruptos, que não proporcionam continuidade da narrativa de forma agradável. As sequências basicamente intercalam a convivência de pai e filho com as lembranças em preto-e-branco da violência da ditadura. O resultado é pífio tanto em uma situação como na outra. Arrisque por conta própria.
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