17.11.05

Pagode no teatro


Fazer um curso de teatro está sendo muito interessante para mim. Apesar de ser um tanto circunspecto, tenho deixado aflorar um lado brincalhão e até inventivo, que antes só revelava para as pessoas mais próximas. Outro dia fizemos na aula uma atividade na qual os alunos ficavam deitados no chão e tinham que cantar algumas músicas. Cada pessoa teria a sua vez de cantar as variedades escolhidas.

A primeira teria que ser uma música nacional. Cantei um pedaço de Açaí, de Djavan. Não sei por que, pois nem gosto muito dele. A segunda teria que ser uma música em inglês. Quem não soubesse a língua, poderia cantar de qualquer jeito. Foi engraçado ouvir gente cantando Nanana nanaananan, enrolando a língua, cantando como se ouve sem conhecer a letra.

Puxei das catacumbas a letra de Material Girl, de Madonna. Foi a única que consegui lembrar um pedaço em inglês. Acho que fiquei uma coisa fora de série cantando “I’m a material girl”. Hehehe. A sorte é que estávamos deitados e eu não via a cara das outras pessoas. Acho que a intenção de cantar deitado era justamente não encarar os outros.

A letra da terceira música teria que ser inventada na hora. Humm. Na Bahia, achei que deveria privilegiar a cultura popular e inventei um pagode. O Pagode da Periguete. Quer ouvir?

(Gritando) Quebra ordinária

Fui no pagode
Encontrei a periquete
Eu disse fala periguete
A periguete me pediu um chiclete
Eu disse: ô periguete, só se você me pagar um...
Um o quê?
Ô periguete
Ô periguete


Que obra-prima! Olha que pérola da MPB.
Teve gente que deu muita risada.

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