8.9.06

Marés



Deixo a cidade grande e vou descansar um pouco. O ônibus é confortável e o frio que faz lá fora é ampliado pelo ar-condicionado. Frio intenso. Chego, um belo café está à minha espera. Depois, a novidade: um computador novinho com acesso rapidíssimo à internet. Como descansar? Muita coisa para ler, para atualizar, para reler. Passeios pelo Orkut, coisa que não faço há muito tempo.

Desconecto, pois há longas e esclarecedoras conversas. Palavras que precisavam ser conhecidas. Novos nomes ao vocabulário comum. Novidades que atiçam a inquietação, mas não se trata de dor ou preocupação. Trata-se de impulso, de mudança, de renovação. O que parece ansiedade na verdade é excitação. Um monte de "ão".

Tudo, tudo agora parece tão calmo, tão harmônico, como sempre foi e parecia esquecido. Desacreditado. A tempestade que durou vários anos se acalmou. Sofremos e crescemos, como sempre acontece. A ressaca das ondas neste instante é resultado apenas da maré alta, imensa como nunca vi, acionada pela lua cheia e frio que persiste. Mais alguns dias prolongando o fim de um inverno tardio.

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