O Prêmio Braskem deste ano coroou o trabalho do diretor João Lima e do ator Lúcio Tranchesi, de O Sapato do Meu Tio, uma beleza de peça clown que diz muito sobre a aprendizagem. Diz não, apresenta. Ou representa. Não há falas e o espetáculo é majestoso, lírico e delicado, de levar às lágrimas. É a história de um palhaço mambembe (Tranchesi) que passa o conhecimento do seu ofício para o sobrinho, vivido por Alexandre Casali, que também seria merecedor da premiação de melhor ator.
É interessante que o espetáculo, sem nenhuma palavra articulada, também concorreu ao prêmio de melhor texto. Coerência ou falta de opção para indicações? Não sei responder.
A apresentação do prêmio foi ágil e dinâmica, sem se tornar chata por muitos falatórios. Gostei das imagens de Sofia Federico e dos dançarinos no palco. A arte teatral está nos premiados, não era preciso de mais espetáculo no palco.
Achei o coquetel fraco em relação aos anos anteriores. Bebidas à vontade, mas a comida estava regrada. Apesar de ter tomado somente 3 doses de uísque, acordei no dia seguinte meio ressaqueado. Acho que o rótulo de escocês era uma farsa.
Estou em Ilhéus, teclando depois do lauto almoço da Sexta-feira Santa.
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