Uma pessoa ganha um prêmio em dinheiro. Um bom prêmio, mas não estratosférico. Uma grana que, se bem administrada, dá pra viver o resto da vida sem fazer muito esforço. A pessoa é merecedora do prêmio. Leva uma vida ascética e quase monástica, na qual o trabalho realizado tem um caráter humanitário que, somado às características expansivas pessoais, confere um carisma que não se encontra facilmente na ruas e nos cantos escuros da sociedade.
Com o prêmio, a pessoa ajuda alguns irmãos e parentes da extensa família. Procura se aproximar mais ainda das pessoas. De repente ocorre o escândalo. Um parente de segunda geração, um sobrinho pelo qual a pessoa tinha o maior carinho, entra na justiça alegando ser detentor de metade do prêmio. Na justiça! Solicitando inclusive o bloqueio dos bens adquiridos depois da premiação, e do restante do dinheiro ganho. A alegação foi que havia depositado, em certa época, um dinheiro - prontamente devolvido -, na conta da pessoa.
Anos antes, a pessoa havia ajudado o familiar. Antes mesmo de ganhar o prêmio. Ela o tinha como um filho. Nos bastidores sabe-se que o tal familiar tinha andado pelo exterior, onde ganhou muito dinheiro e suspeita-se, quase certeza, de forma e com substâncias ilícitas.
A vida é um filme. Fiquei impressionado. E triste por ter um exemplo tão torpe de ser humano rodeando uma pessoa conhecida.
O ser humano precisa resgatar urgente os seus valores. Não os monetários. Os humanos.
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