Depois de passar alguns dias lutando com o ponteiro do mouse, que rodava pelo monitor feito dançarina de pagode em dia de quebradeira, consegui resolver o problema. O ponteiro estava tão impossível e mal-comportado que eu tive que desconectar o mouse.
Uns disseram que era o próprio mouse que estava com problema. Outros disseram que era vírus. Troquei o mouse, passei anti-vírus na máquina. Nada deu jeito. Até que um esperto conhecido me deu a dica. O problema está na porta serial, onde o mouse é conectado. Nesse clima maravilhoso de Salvador - em que a gente poeticamente quase consegue tocar a umidade e o salitre do ar – as partes do computador sofrem oxidação com facilidade.
E a dica foi adiante. Ele me sugeriu que comprasse outro mouse, só que para ser conectado na saída USB do computador. Eu nem sabia que ele podia ser conectado ali. Procurei a criatura roedora dos meus músculos digitais e braçais e achei bem baratinho, lá no centro, perto de onde trabalho. Resultado: o ponteiro está ótimo. Calmo, controlado, comportado. Um gentleman. Está mais para valsa do que para axé.
Por falar em mouse, lembrei que o meu falecido e querido pai, em seus parcos conhecimentos de informática, falou uma vez no “ratinho”. Ele pensou que o nome mouse era utilizado simplesmente porque eu e minha irmã nos recusávamos a falar o nome da peça em bom português. No Brasil de imitações globalizadas, a informática vem transformando termos ingleses em palavras correntes na língua nacional.
Por enquanto, Lupicínio, meu velho computador e brother AMD K6, vai continuar cantando. Pelo menos até aparecer alguma grana extra no horizonte. Ele merece ter a aposentadoria adiada. Muito mérito para quem conseguiu certeiramente socar Roberto Jefferson no olho.
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