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Preciso anotar com cuidado o que utilizo nos preparos, para lembrar depois. Antigamente, costumava seguir as receitas passo a passo, com todos os ingredientes. Quase sempre precisava ir ao mercado complementar o que faltava. Hoje em dia, tomo alguma receita por base e faço com o que tenho em casa. Diminuí o desperdício, principalmente de verduras e temperos. Não sobra mais nada.
Para fazer o cabrito, tomei por referência as instruções do livro A Cozinha Sertaneja da Bahia, de Guilherme Radel, que sempre me orienta quando o papo é o preparo de caprinos, ovinos e outras receitas do sertão baiano. Diminuí a quantidade de gordura e o vinagre e aumentei o vinho, para dar mais sabor. O cabrito levou mais de duas horas assando, mas valeu a pena. O tempero pegou bem. A carne tem pouquíssima gordura e é uma delícia. Para acompanhar, aipim cozido com um pouco de manteiga por cima. Mais sertanejo, impossível.
Perceba o que são os rótulos. Retire o acompanhamento do aipim, sirva com batatas cozidas ou sauté, um raminho de alecrim por cima, um fio de azeite e dê o nome de Assado Montanhês. Sirva em um restaurante de luxo, de cozinha mediterrânea, e ponha um preço absurdo. O filme é novo para você?
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