Melinda duas vezes
No drama, há instantes de riso. Na comédia, há momentos de comoção e tristeza. A vida é uma mistura de gêneros. Em Melinda e Melinda (Melinda and Melinda, EUA, 2004), o mais recente filme de Woody Allen lançado no Brasil, a constatação é que o critério de drama ou comédia é dado pelos protagonistas dos seus filmes pessoais, ou seja, de suas próprias vidas.
Em uma mesa de restaurante em Nova York, dois dramaturgos divagam a respeito dos gêneros que escrevem. Então, a partir de uma mesma idéia, com a protagonista Melinda (Radha Mitchell, nas duas versões), cada um imagina o desenrolar do seu enredo. Um dos filmes é amargo e pessimista. O outro é leve e otimista.
Um dos filmes mais leves e divertidos de Allen, que não sem perder a carga de refinamento intelectual, com os seus característicos questionamentos de amor, fidelidade, vida urbana, prazer, amizade, comunicação. A maior lição parece ser de que não são os acontecimentos que condicionam uma história. E sim a leitura que é feita sobre eles.
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