Estou de volta a Salvador, ainda tonto pelas curvas da estrada que margeia a Costa do Dendê. Vim dirigindo de Ilhéus até Bom Despacho para pegar o ferry-boat. O percurso é menor do que pela 101, há menos caminhões pela frente, mas as curvas e os quebra-molas deixam os estômagos sensíveis a ver navios.
Passando por Valença senti saudade de Morro de São Paulo e dos seus dias deliciosos, de alegria e poesia. No caminho pretendia conhecer a praia de Pratigi, que conheço de foto aérea e é deslumbrante. Os quilômetros a vencer e o aumento do tempo de viagem me fizeram deixar para outra ocasião. Precisava estar em Salvador até o final da tarde para fazer matrícula no curso que se inicia em março.
Os dias em Ilhéus foram de descanso. A manutenção do peso me fez segurar as extravagâncias gastronômicas. Ficam na lembrança as moquecas de peixe. Uma, em Canavieras, feita de robalo e camarões, com o uso de biri-biri, uma frutinha bem ácida, substituindo o limão. Outra de cavala, feita no fogão de lenha inaugurado em minha presença na casa do tio L. Esta última moqueca foi acompanhada de um divino vatapá de pão. Ah, não posso esquecer do ensopado de camarão com quiabos acompanhado de pirão feito por Dona H., genitora deste cronista.
Nos primeiros dias eu vinha segurando o apetite, almoçando bem e jantando pouco. Nos últimos dias da estadia ilheense enfiei o pé na jaca. Ainda bem que o Carnaval está batendo aqui na porta e me chamando para gastar energias sacolejando para lá e para cá.
As férias continuam.
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