27.11.04

Dos escritos
Toda vez que escrevo alguma coisa sobre cinema e teatro, gosto de checar, após o texto pronto e publicado, o que outros jornalistas e críticos escreveram sobre o assunto. Não qualquer profissional, mas aqueles que mais gosto e respeito. Tenho ficado satisfeito em notar que as minhas percepções coincidem, em grande parte, com as anotações publicadas por aqueles cujo trabalho acompanho.

Há um ano e meio faço uma coluna semanal de cinema que é publicada no house organ da empresa em que trabalho e aqui no blog. Sobre teatro, publico lá no Claque e também aqui. O número de textos sobre teatro não é muito grande, pois a minha frequência ao cinema é mais intensa. Há mais filmes do que peças disponíveis em Salvador.

Escrever sobre teatro é mais intenso e ao mesmo tempo mais delicado. Intenso por ter vivenciado o espetáculo aí, ao vivo, no calor da atuação. Delicado, pois os objetos de observação estão bem próximos, o que é uma coisa melindrosa. (Meu Deus, onde fui achar essa palavra? Heheheh). Ainda assim, acredito que é possível dizer as coisas de forma polida, elegante, sem grosserias. E, desse modo, fazer todas as observações. Admito que prefiro escrever sobre aquilo que me entusiasma. Sobre os filmes e peças que gostei, e dos quais surgem inúmeras anotações.

Procuro respeitar também aqueles espetáculos que não gosto. Acredito que conseguir elaborar um produto cultural é uma vitória. Principalmente concluir um filme ou colocar um espetáculo teatral em cartaz. Existe ali um grande esforço conjunto de várias pessoas e o resultado, melhor ou pior, é consequência da energia utilizada.

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