Comer e beber são dois dos maiores prazeres do ser humano. É uma pena que exercitá-los além da conta traga tantas inconveniências. Quais? Mais que conhecidas: acúmulo de peso, gorduras abdominais salientes, problemas para a saúde, efeitos estéticos indesejados. Jorge Amado disse uma vez que o seu maior sonho era comer e não engordar. Sonho. De muita gente.
Fico impressionado como a vida sedentária consome poucas calorias. Sentado na frente dos computadores, gasta-se pouquíssima energia física. De carro para cima e para baixo, menos ainda. Depois de passar da barreira dos 30 anos, para manter a forma, reduzi enormemente a quantidade de comida ingerida. Fico espantado como a gente precisa comer pouco para sobreviver. E mesmo assim, para garantir o corpitcho, ainda tenho ido à academia, o templo apolíneo da era moderna. Aqueles lugares onde a gente se esforça para depois poder comer mais.
Eu gosto da arte da gastronomia. Gosto de comer bem, de experimentar coisas novas. Gosto de ler sobre culinária. Gosto de provar pratos bem-feitos. Como a feijoada do domingo passado, uma melhores que já comi. Estava leve (se é que isso é possível) e deliciosa. Percebi que era de qualidade antes mesmo de provar. O cheiro, que invadia o ambiente, ao ser posta na mesa, já denunciava as delícias que me esperavam.
Consequência: dois pratos de feijão sem clemência. Havia sobremesas divinas. Uma torta de limão muito bem-feita, com a parte da massa bem fininha e o suspiro sequinho e crocante. Um pavê de abacaxi, receita de família, inesquecível. Não consegui chegar no sorvete de coco com calda. Não havia mais espaço.
Resultado: as gorduras abdominais que andavam sob controle voltaram a se alegrar e colocar as mangas de fora. Grrrrr. Assim, não tem academia que dê jeito. É, não há alternativa. Regime, só depois das férias.
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