Kill Bill Vol.2
Desta vez, Quentin Tarantino carrega as tintas na carga dramática. As cenas de lutas e violência, mescladas a humor nonsense e quase sempre referencial, continuam presentes, mas dividem o espaço com as lágrimas e os dramas familiares e de relacionamentos. Foi o caminho encontrado por Tarantino, diretor e roteirista, para explicar e fechar a história da Noiva que vai se vingar do ex-noivo, Bill, e de seus seguidores.
Talvez não houvesse mesmo outro jeito para concluir uma história tão amalucada. O Volume 2 é mais real, se é que isso é possível em filme de Tarantino. Os duelos de espada e as artes marciais continuam, mas se perde um pouco daquela mágica da primeira parte, em que as loucuras das lutas em estilo oriental e as músicas que as embalam fazem a delícia da narrativa.
Ainda assim as referências são marcantes. A aproximação rápida da câmera, no estilo dos filmes de kung-fu. A vaidade do mestre chinês e sua longa barba, que provoca risos. O clima de faroeste. As músicas de seriados antigos de TV. Até nos créditos finais, em fontes de estilo antigo, sobre imagens preto-e-branco. Uma salada bem temperada. É esse um dos grandes talentos do cineasta: misturar tantas referências e estilos cinematográficos e conseguir um bom resultado.
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