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Estas minhas férias poderiam se chamar Peregrinação Cinematográfica. De segunda até hoje já assisti Sexo, Amor e Traição, 21 Gramas, Edifício Master e Samsara.
Sexo, Amor e Traição traz vários atores globais em uma comédia romântica leve. Destaque para a atuação de Fábio Assunção, como um namorador incorrigível, quase amoral. A trilha sonora é muito bacana, com Paula Lima, Luciana Melo, Bebel Gilberto e Ed Mota. Só gente legal.
Lançado em primeiro de janeiro deste ano, o filme está tendo uma excelente bilheteria. Parece que depois de tantos sucessos no cinema nacional recente, a ficha caiu para os produtores: há um público ávido por filmes brasileiros de boa qualidade, que podem ser leves e divertidos, sem a obrigação de ser obras-primas.
O mexicano 21 Gramas é forte e pungente. A narrativa não obedece a uma sequência linear. O diretor Iñárritu faz uma construção brilhante, em que se alternam momentos no passado, presente e futuro. O mérito é fazer o espectador ir construindo a história a partir de fragmentos, até chegar ao final e tê-la por completo.
21 Gramas aborda basicamente a dor da perda. O impacto da morte para quem perde pessoas queridas. A música e a imagem granulada ajudam a dar o clima realista. A história em si não é tão inovadora. Um professor recebe um coração por transplante e sai em busca dos familiares do seu doador.
A emoção profunda parece ser uma característica do povo mexicano. Não deve ser à toa que as novelas mexicanas ficaram consagradas como dramalhões. Comparando os dois filmes, parece que os brasileiros têm mais habilidade em relativizar os seus dramas, com inclinação para a comédia. Sexo, Amor e Traição é a refilmagem de um texto mexicano.
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