Estou lendo o livro Viagem ao fabululoso mundo das especiarias, da jornalista Rosa Nepomuceno, colunista da revista Cláudia Cozinha. O livro é bem interessante, um catálogo das principais especiarias que existem no mundo, com aspectos históricos e curiosidades.
Na parte sobre o azeite-de-dendê, não concordei com a autora em algumas afirmações. Por exemplo, na Bahia ninguém o conhece como azeite-de-cheiro, que é uma denominação mais antiga, utilizada, se não me falha a memória, por Camara Cascudo, em História da alimentação no Brasil.
No meu trabalho de conclusão de curso, eu evitei chamar o azeite-de-dendê de azeite-de-cheiro, pois não achei nenhuma cozinheira, em Salvador ou em Ilhéus (de onde sou nativo) que utilizasse essa denominação.
Continuando na mesma página, a autora diz que "Os apreciadores mais exigentes preferem consumir a flor-do-dendê, aquele mais puro e refinado, cada vez mais raro e caro". Bom, na Bahia, para preparar a moqueca, das famílias mais humildes até os gourmets mais exigentes (talvez influenciados pela cultura popular), preferem o azeite-de-dendê comprado nas feiras livres, extraído quase que artesanalmente.
Este possui duas fases: o óleo propriamente dito, sobrenadante, chamado de flor-do-dendê, ou flor, e uma parte que contém sólidos em suspensão, chamada de bambá, que decanta. Para colocar o dendê na panela, a garrafinha do dendê é chacoalhada para que as fases se misturem.
O dendê industrializado, que contém praticamente só a flor, é encontrado nos supermercados da Bahia, a preço acessível, produzido por indústrias locais. Este tipo é também utilizado no preparo de pratos e pelas baianas de acarajés, que o compram em grandes quantidades, para fritar os bolinhos. Portanto, não concordo que atualmente seja "cada vez mais raro e caro".
A autora é genial ao afirmar que "A palmeira bem que merecia estar representada em nosso brasão, como símbolo da miscigenação da nação brasileira (...)". Concordo plenamente.
Na parte sobre o azeite-de-dendê, não concordei com a autora em algumas afirmações. Por exemplo, na Bahia ninguém o conhece como azeite-de-cheiro, que é uma denominação mais antiga, utilizada, se não me falha a memória, por Camara Cascudo, em História da alimentação no Brasil.
No meu trabalho de conclusão de curso, eu evitei chamar o azeite-de-dendê de azeite-de-cheiro, pois não achei nenhuma cozinheira, em Salvador ou em Ilhéus (de onde sou nativo) que utilizasse essa denominação.
Continuando na mesma página, a autora diz que "Os apreciadores mais exigentes preferem consumir a flor-do-dendê, aquele mais puro e refinado, cada vez mais raro e caro". Bom, na Bahia, para preparar a moqueca, das famílias mais humildes até os gourmets mais exigentes (talvez influenciados pela cultura popular), preferem o azeite-de-dendê comprado nas feiras livres, extraído quase que artesanalmente.
Este possui duas fases: o óleo propriamente dito, sobrenadante, chamado de flor-do-dendê, ou flor, e uma parte que contém sólidos em suspensão, chamada de bambá, que decanta. Para colocar o dendê na panela, a garrafinha do dendê é chacoalhada para que as fases se misturem.
O dendê industrializado, que contém praticamente só a flor, é encontrado nos supermercados da Bahia, a preço acessível, produzido por indústrias locais. Este tipo é também utilizado no preparo de pratos e pelas baianas de acarajés, que o compram em grandes quantidades, para fritar os bolinhos. Portanto, não concordo que atualmente seja "cada vez mais raro e caro".
A autora é genial ao afirmar que "A palmeira bem que merecia estar representada em nosso brasão, como símbolo da miscigenação da nação brasileira (...)". Concordo plenamente.
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