Passei por uma situação bizarra e constrangedora, hoje, domingo, na Sala do Coro do TCA. Fui assistir a peça teatral Comédia do Fim - Quatro Peças e uma Catástrofe, às 20 h. Comprei o meu ingresso antecipadamente. Quando cheguei para assistir o espetáculo, tive o meu acesso impedido, pois, segundo o argumento da portaria, estaria trajando "roupa não permitida".
Tratava-se de uma camisa de malha, sem mangas, junto com calça jeans e tênis. O argumento é que o teatro não permite o acesso de homens vestidos de "camiseta, bermuda ou sandália". Fiquei estupefato, não estava acreditando no que estava ouvindo. O problema é que a minha camisa não possuía mangas, e foi taxada de "camiseta". Havia pessoas com camisas de malha surrada, quase rasgadas, mas que podiam entrar, pois havia mangas. Outros, de bermudas, também foram impedidos de entrar.
Solicitei o acesso à pessoa responsável pela Sala. Mais uma vez o argumento foi repetido, com a alegação que são as normas estabelecidas pela direção do teatro. O porteiro, por sua vez, orgulhosamente, não cansava de dizer "são normas que existem há 11 anos" naquele teatrinho, em que se entra pelos fundos do teatro principal.
Em que província nós vivemos? Enquanto a Prefeitura do Rio de Janeiro possibilita o uso de bermudas por policiais, motoristas e funcionários públicos, por conta do calor do verão, a direção arrojada da Sala do Coro do Teatro Castro Alves não permite a entrada de público - pagante - por conta de regras estabelecidas há décadas.
O clima quente de Salvador permite - e exige - o uso de roupas leves. Além disso, a discriminação seria só para os homens? Sim, porque as mulheres podem entrar de camiseta, bermuda ou sandália. No mesmo dia, havia mulheres que adentravam o teatro trajando blusas tomara-que-caia, quase pondo seios à mostra, saias minúsculas, e não havia nenhum tipo de restrição. Que código de vestimenta é esse que anda prejudicando os homens, enquanto permite toda liberdade às mulheres?
E logo no teatro dos fundos? Se ainda fosse na sala principal, ainda vá lá. Mas na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, é um fato inaceitável. Foi algo muito desagradável ter passado por uma situação assim. Por conta de atitudes e regras deste tipo, estabelecidas pela direção do teatro, é que o mercado cultural de Salvador ainda tem muito chão a percorrer antes de se tornar uma atividade desenvolvida. Tenho pena dos profissionais do teatro baiano, que lutam tanto para modernizar, trazendo inovações à sua arte, e têm que ver a sua platéia reduzida, por estar sujeita a regras deste tipo. Não quero nem imaginar quais são as imposições internas de um teatro como esse.
Que lei é essa que restringe a entrada de pessoas nos ambientes por conta da vestimenta? Parece ser discriminação grosseira, já que é possível todo tipo de roupa para mulheres, enquanto há proibição para homens. Pelo menos, tive o valor do ingresso devolvido. E esta reclamação já foi para os jornais de Salvador.
Tratava-se de uma camisa de malha, sem mangas, junto com calça jeans e tênis. O argumento é que o teatro não permite o acesso de homens vestidos de "camiseta, bermuda ou sandália". Fiquei estupefato, não estava acreditando no que estava ouvindo. O problema é que a minha camisa não possuía mangas, e foi taxada de "camiseta". Havia pessoas com camisas de malha surrada, quase rasgadas, mas que podiam entrar, pois havia mangas. Outros, de bermudas, também foram impedidos de entrar.
Solicitei o acesso à pessoa responsável pela Sala. Mais uma vez o argumento foi repetido, com a alegação que são as normas estabelecidas pela direção do teatro. O porteiro, por sua vez, orgulhosamente, não cansava de dizer "são normas que existem há 11 anos" naquele teatrinho, em que se entra pelos fundos do teatro principal.
Em que província nós vivemos? Enquanto a Prefeitura do Rio de Janeiro possibilita o uso de bermudas por policiais, motoristas e funcionários públicos, por conta do calor do verão, a direção arrojada da Sala do Coro do Teatro Castro Alves não permite a entrada de público - pagante - por conta de regras estabelecidas há décadas.
O clima quente de Salvador permite - e exige - o uso de roupas leves. Além disso, a discriminação seria só para os homens? Sim, porque as mulheres podem entrar de camiseta, bermuda ou sandália. No mesmo dia, havia mulheres que adentravam o teatro trajando blusas tomara-que-caia, quase pondo seios à mostra, saias minúsculas, e não havia nenhum tipo de restrição. Que código de vestimenta é esse que anda prejudicando os homens, enquanto permite toda liberdade às mulheres?
E logo no teatro dos fundos? Se ainda fosse na sala principal, ainda vá lá. Mas na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, é um fato inaceitável. Foi algo muito desagradável ter passado por uma situação assim. Por conta de atitudes e regras deste tipo, estabelecidas pela direção do teatro, é que o mercado cultural de Salvador ainda tem muito chão a percorrer antes de se tornar uma atividade desenvolvida. Tenho pena dos profissionais do teatro baiano, que lutam tanto para modernizar, trazendo inovações à sua arte, e têm que ver a sua platéia reduzida, por estar sujeita a regras deste tipo. Não quero nem imaginar quais são as imposições internas de um teatro como esse.
Que lei é essa que restringe a entrada de pessoas nos ambientes por conta da vestimenta? Parece ser discriminação grosseira, já que é possível todo tipo de roupa para mulheres, enquanto há proibição para homens. Pelo menos, tive o valor do ingresso devolvido. E esta reclamação já foi para os jornais de Salvador.
No comments:
Post a Comment