1.2.04

"Maga" da animação
O palco principal do VI Festival de Verão é melhor ao vivo do que pela TV. Na telinha não dá para perceber a grandiosidade e a força que o palco e a iluminação têm. No show de Margareth Menezes, ontem, ainda houve a projeção de fotos de negros, com pinturas tribais e adereços, ou simplesmente mostrando a força dos traços da raça. Foi a gravação do primeiro DVD de Margareth.

Bem vestida, elegante, ela foi uma verdadeira embaixadora da música baiana, ao receber a cantora Alcione e a bateria da Escola de Samba Estação 1ª da Mangueira. Emocionante ouvir Alcione cantar "Não Deixe o Samba Morrer", canção na qual registra o pedido feito a um sambista mais novo. Se for por conta de Margareth, o caminho será tranquilo.

É muito interessante e bem pensada a aproximação do carnaval da Bahia com o do Rio de Janeiro. Ao luxo da animação carioca precisa ser adicionada mais participação popular. Os poucos blocos do Rio resistem em aumentar o número de participantes. Coisa de intelectual, que quer ver a sua agremiação com aura de patrimônio histórico. Nesse ponto, o marketing dos blocos de Salvador é uma escola. O carnaval da Bahia, por sua vez, só tem a ganhar com o ritmo do samba e a beleza e organização das escolas, como foi visto na participação da bateria da Mangueira no show.

Margareth tem feito "ensaios" dos Mascarados no Canecão, no Rio de Janeiro, com ótima recepção de público e - por que não? - da crítica. Ah, sim, Margareth não é minha parente ;-).

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