2.2.04

Fui para a Festa de Iemanjá no final da tarde, sol quase se pondo. Desço a ladeira, reto pela Osvaldo Cruz, até chegar na Praia da Paciência. Não havia mais flores disponíveis. Uma oração para a deusa das águas salgadas, em frente ao mar. Pedras secas, pedras escorregadias.

Passagem na Gráfica Venture, onde estava ocorrendo um show de Márcio Melo. A rua não teve tráfego interrompido. As pessoas dançavam em meio aos veículos passando. Mesmo assim, estava legal. Um público bem bacana, bem Rio Vermelho. Uma galera que frequenta o bairro desde a época do Extudo e do Rio de Janeiro(!), um boteco que não tinha mesas, ficávamos bebendo na rua. Depois teve a época do Alambique, com suas noites memoráveis. Pessoas que eu quase só vejo no Rio Vermelho. É quase uma confraria: atores, publicitários, jornalistas, drogados, estudantes, etc.

Ao lado da Venture, um bar vendendo cervejas e lanches e uma bela pintura de Iemanjá. Um quadro um tanto naif, muito bacana. Parecia uma daquelas pinturas que havia nas tradicionais barracas populares, com bancos coloridos empilhados, na Festa do Rio Vermelho. Expressões da cultura popular que motivaram vários trabalhos fotógraficos. Algo que não mais se vê atualmente, praticamente não há mais barracas para sentar e beber.

Depois uma passada no Micelânea Café. O DJ Márcio Santos no som. Hits dos anos 70, rock-pop nacional. Voltamos para a Venture, em busca do resto da turma e para conferir o show de Lazzo. Mais tráfego na rua. Mais algumas cervejas, o encontro com uma parte da galera. Boas risadas. Casa e novamente o feijão com verduras do almoço.

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