18.2.04

Nestes dias que antecedem o Carnaval, há um bombardeio de publicidade dos camarotes que se instalam para a grande festa que acontece em Salvador. São locais para visualização da folia da rua com mais conforto, mas estão se tornando festas privadas: bufês, shows , DJs de música eletrônica, serviços de cabeleleiro, acesso a internet, banheiros high-tech. O movimento de "camarotização" parece ser um retorno às antigas festas que havia nos clubes. A folia nas ruas passa a ser somente no trajeto de chegada e saída do camarote.

Os melhores camarotes, aqueles de artistas famosos, que oferecem comida e bebida de graça, têm acesso disputado a tapa. Os demais são caros e de bufê beeeem reduzido. Os detentores de acesso nos bons camarotes são os próprios patrocinadores, já que os artistas - que emprestam o nome aos locais - praticamente não abrem o bolso para montar a estrutura física e de serviços.

Durante a festa, o que se vê são camarotes frequentemente vazios, contrastando com a animação das ruas. Semelhante ao que havia nas festas fechadas de outrora, "todo mundo na praça, muita gente sem graça no salão".

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