19.8.04

Via fone
Fui entrevistado por jornalista do Correio da Bahia querendo saber a minha opinião sobre Sex and the City. Uma amiga, também jornalista, foi quem indicou o meu nome. O motivo da matéria é o último capítulo do seriado, que será exibido na próxima segunda-feira.

A jornalista me perguntou a que eu creditava o sucesso do seriado, em vários países. Eu disse que por conta da representação fiel do momento atual de mulheres urbanas, modernas e independentes, habitantes de grandes cidades.

Depois ela me perguntou se eu achava as personagens fora da realidade ou exageradas. Eu disse que não, que tinha várias amigas na faixa dos trinta anos que tinham comportamentos e percepções parecidas com os personagens. Talvez houvesse um certo excesso em Samantha. Complementei falando que a dramaturgia tem o mérito de antecipar o que ocorre na sociedade, antes dos tratado acadêmicos. Talvez esse tenha sido o grande diferencial do seriado: mostrar as mulheres como nunca foram mostradas.

Ela ainda perguntou se eu achava difícil a convivência ou o relacionamento com essas mulheres independentes demais. Eu disse que não via problema, mas que não poderia generalizar, falando por outras pessoas. Por último, a jornalista me perguntou o que os homens precisam fazer para "correr atrás", no sentido chegar até essas mulheres poderosas, estilo Sex and the City. Eu, com uma pontinha de deboche, afirmei: "Nada. Basta aceitá-las do jeito que são, tentando harmonizar o relacionamento".

Não é óbvio? A jornalista e eu caímos na risada.

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