12.3.04

Aniversário
Jornalista, colega de faculdade, comemora aniversário. Boa parte do corpo de repórteres do Correio da Bahia presente. Rolam papos jornalísticos entre colegas de faculdade e outros repórteres atuantes no mercado. A redação do Correio da Bahia atualmente só tem gente com pouco tempo de casa. O que andam fazendo os mais antigos? Muitos estão dando aulas em Faculdades. Em breve todos os jornalistas terão que se tornar professores para sobreviver aos solavancos do mercado de trabalho?

Soube que a redação do Correio da Bahia tem planos de abandonar a sede da Paralela e se juntar ao restante da rede Bahia, na Federação. O grande prédio está bem vazio, depois de tantas demissões. Como o mercado vai absorver a quantidade de novos profissionais que têm se formado e que ainda vão se formar? Mistério...

Os jornalistas efetivamente mudaram de perfil. Levei de presente o livro Acqua Toffana, de Patrícia Melo. Antes de ir à festinha, pensei que todos os presentes seriam CDs e livros. Talvez, quem sabe, tratados revolucionários e escritos subversivos. Doce engano. Vi o meu livro e mais um CD entregues como lembranças. O restante dos presentes, dados por outros jornalistas, foram camisas y otras cositas más. É, realmente, não há mais jornalismo engajado. O jornalismo se tornou mais uma profissão como outra qualquer. Será que, pelo menos, os jornalistas ainda gostam de ler?

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