24.3.04

Sexo liberado
A sexta e última temporada da série Sex and the City estréia agora no Brasil. A série foi encerrada em fevereiro nos Estados Unidos, com um público estimado em 13 milhões de pessoas durante a exibição do último episódio.

Sex and the City é um marco. O cotidiano feminino, moderno e urbano, nunca foi retratado com tanta fidelidade. Habitantes de Nova York, quatro mulheres resolvidas profissionalmente, curtem festas, moda e têm vida sexual movimentada. Mas, ao chegar aos 30 e poucos anos, elas se deparam com aspirações iguais a qualquer outra moça de outras épocas e lugares: amar, casar, constituir família e ter filhos. Não necessariamente nessa ordem.

O seriado tem cenas bem ousadas de nudez e sexo. A sociedade americana é muito estranha. A produção cultural mostra, no cinema e na TV, uma boa parte da população completamente desprovida de culpa sexual. Por outro lado, ouve-se falar de um povo puritano e conservador, com passeatas de jovens em prol da virgindade - ainda que muitos não cumpram o acordo.

Até o início dos 80, da época da ditadura, a censura brasileira não permitia a nudez frontal e total nas revistas. A nudez era de costas. De frente, aparecia no máximo um seio. Eu era pré-adolescente e lembro que quando algum conhecido ia aos Estados Unidos, sempre aparecia com alguma revista de nudez. Completa, total, escancarada. Eu achava que aquele era o país mais lascivo que poderia existir.

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