Movimento do cabelo
A primeira década do terceiro milênio. Como o período será chamado daqui a dez anos? Os anos zero-zero, os anos zero ou a primeira década do século XXI? Os meios de comunicação precisam de delimitar - e acabam por generalizar - os períodos da história: os anos oitenta, os anos setenta, os anos vinte. Então vamos lá.
O cabelo volta a ter força, no universo masculino, agora nos anos zero-zero. Depois de bom tempo usando cabelo bem curto, arriscando no máximo um topete, o homem brasileiro aposta novamente no comprimento médio. Mas nada que lembre aquele corte horripilante, longo na parte de trás e batido nas têmporas, imortalizado por Chitãozinho e Chororó.
O cabelo masculino atualmente tem um corte mais uniforme, com aspecto levemente desleixado. Nada que lembre aquele cabelo rebelde dos anos setenta, nem aquele chanel masculino - médio e todo do mesmo tamanho - dos mais arrojados dos anos oitenta. Amparado no modismo do metrossexual - o homem hétero e vaidoso, ávido consumidor de moda e produtos de beleza -, não há receio de usar géis e cremes para domar a juba do leão.
O cabelo, assim como a moda atual, permite ampla variação. Não existe, felizmente, um estilo dominante. Dos cabelos compridos, passando pelos médios e pelos black power, até os raspados de lâmina, tudo é praticamente aceito. Dentro das possibilidades capilares de cada um, é claro.
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