Na varanda, na rede, lendo Diário de um Fescenino, de Rubem Fonseca. Na rua em que moro, não há prédios altos. Na calçada daquele que fica quase em frente ao meu apartamento, há uma árvore enorme, mais alta que o prédio de três andares. Se deito na rede virado para um lado, vejo o Hotel Pestana e o Ibis. Se deito virado para o outro, vejo somente a copa da árvore e o céu azul da orla de Salvador. Dá para me sentir como se estivesse no campo.
Depois de preparar o almoço, convidei minha amiga E. para me acompanhar. Ela trouxe cervejas pretas para a gente bebericar e um sorvete fino para a sobremesa. Conversamos, ela me contou sobre a sua última viagem. Os seus olhos, agora mais vivos, ainda trazem um resíduo de tristeza pelos últimos acontecimentos. Depois do almoço e de um cálice de licor, ela foi para casa e carregou o DVD de Amnésia, com Guy Pearce, para assistir.
Voltei para a rede, para continuar a leitura e dormi o sono ingênuo da tarde. Acordei já anoitecendo. Eu sou bem aquilo que a piada infame chama de "bom de cama": é só encostar que já estou dormindo. Antes de sair, E. me convidou para a reinauguração da Casa Oito, um misto de bar e espaço cultural que fica na Rua Fonte do Boi. Preferi ficar em casa, lendo e escrevendo.
Aquela região do Rio Vermelho está cada vez mais fervilhante. Companhia da Pizza, Aogobom, Toca do Caranguejo, um novo bar mexicano, que ainda não conheci, entre vários outros bares e restaurantes. O centro boêmio do bairro parece estar se deslocando da tradicional Rua da Paciência para lá.
Depois que o Alambique fechou, parece que a Rua da Paciência perdeu um pouco da sua agitação. Bares e boates abrem e fecham num piscar de olhos. Só o restaurante Las Margaritas tem se mantido firme.
O Alambique foi um caso especial na noite de Salvador. Era um bar que virava danceteria aos sábados. Aquilo que se costuma chamar de inferninho: quente e entupido de gente. Som bacana, variado, sem a impessoalidade da música eletrônica, ainda que o bate-estaca também marcasse presença. Ed Motta, Lisa Stansfield, Daúde, Carlinhos Brown, Diana King, Jamiroquai estavam sempre no set list dos DJs. Foi no Alambique que Luiz Santoro e Adriana Prates começaram a colocar som.
Coroando o astral do recinto, a antológica imagem de Iemanjá, no topo da escada de madeira, que une os dois andares da casa. Das janelas do bar era possível ver a Praia da Paciência. O Alambique era quase um clube, uma confraria. Muita gente que se conhecia de frequentar o Extudo, que até hoje fica ali perto, na rua da Medalha Milagrosa. É este o nome da rua, se não me engano. O Extudo já teve um público mais agitado. Quando as mesas lotavam, as pessoas ficavam na calçada, pegando cerveja no Rio de Janeiro, o boteco que havia ao lado, e consumindo algumas cositas para relaxar e animar a noite. Tempos bons.
Bom, o comentário do livro de Rubem Fonseca fica para depois. O Rio Vermelho falou mais alto.
Depois de preparar o almoço, convidei minha amiga E. para me acompanhar. Ela trouxe cervejas pretas para a gente bebericar e um sorvete fino para a sobremesa. Conversamos, ela me contou sobre a sua última viagem. Os seus olhos, agora mais vivos, ainda trazem um resíduo de tristeza pelos últimos acontecimentos. Depois do almoço e de um cálice de licor, ela foi para casa e carregou o DVD de Amnésia, com Guy Pearce, para assistir.
Voltei para a rede, para continuar a leitura e dormi o sono ingênuo da tarde. Acordei já anoitecendo. Eu sou bem aquilo que a piada infame chama de "bom de cama": é só encostar que já estou dormindo. Antes de sair, E. me convidou para a reinauguração da Casa Oito, um misto de bar e espaço cultural que fica na Rua Fonte do Boi. Preferi ficar em casa, lendo e escrevendo.
Aquela região do Rio Vermelho está cada vez mais fervilhante. Companhia da Pizza, Aogobom, Toca do Caranguejo, um novo bar mexicano, que ainda não conheci, entre vários outros bares e restaurantes. O centro boêmio do bairro parece estar se deslocando da tradicional Rua da Paciência para lá.
Depois que o Alambique fechou, parece que a Rua da Paciência perdeu um pouco da sua agitação. Bares e boates abrem e fecham num piscar de olhos. Só o restaurante Las Margaritas tem se mantido firme.
O Alambique foi um caso especial na noite de Salvador. Era um bar que virava danceteria aos sábados. Aquilo que se costuma chamar de inferninho: quente e entupido de gente. Som bacana, variado, sem a impessoalidade da música eletrônica, ainda que o bate-estaca também marcasse presença. Ed Motta, Lisa Stansfield, Daúde, Carlinhos Brown, Diana King, Jamiroquai estavam sempre no set list dos DJs. Foi no Alambique que Luiz Santoro e Adriana Prates começaram a colocar som.
Coroando o astral do recinto, a antológica imagem de Iemanjá, no topo da escada de madeira, que une os dois andares da casa. Das janelas do bar era possível ver a Praia da Paciência. O Alambique era quase um clube, uma confraria. Muita gente que se conhecia de frequentar o Extudo, que até hoje fica ali perto, na rua da Medalha Milagrosa. É este o nome da rua, se não me engano. O Extudo já teve um público mais agitado. Quando as mesas lotavam, as pessoas ficavam na calçada, pegando cerveja no Rio de Janeiro, o boteco que havia ao lado, e consumindo algumas cositas para relaxar e animar a noite. Tempos bons.
Bom, o comentário do livro de Rubem Fonseca fica para depois. O Rio Vermelho falou mais alto.
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